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China emite sentença de morte para escritor Yang Jun, diz Austrália

Decisão pode abalar as relações entre os dois países, que pareciam estar se aproximando

Segundo Tribunal Popular Intermediário de Pequim, onde o acadêmico australiano Yang Jun foi sentenciado à morte Segundo Tribunal Popular Intermediário de Pequim, onde o acadêmico australiano Yang Jun foi sentenciado à morte  - Foto: Nicolas Asfouri/AFP

A China proferiu sentença de morte ao escritor e acadêmico australiano Yang Jun, por acusações de espionagem que ele nega, informou o governo da Austrália, nesta segunda-feira, classificando o fato como "notícias comoventes".

“O governo australiano está horrorizado com esse resultado”, declarou a ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, em entrevista coletiva. Ela acrescentou que Camberra responderá “nos termos mais fortes”.

Yang, um australiano nascido na China, está detido no país asiático desde 2019, sob acusação de espionagem.

Wong indicou que a pena de morte poderia ser comutada para prisão perpétua, após um período de dois anos. E acrescentou que “comunicaremos nossa resposta nos termos mais fortes”.
 

- Quero destacar a grande angústia que o senhor Yang e sua família sentirão hoje, depois de anos de incerteza -, disse a ministra.

A decisão pode ser um golpe para as relações entre Austrália e China, que pareciam estar se aproximando.

A China libertou o jornalista australiano Cheng Lei em outubro passado, após mais de três anos de detenção, também sob acusação de espionagem.

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