Oriente

China intensificará patrulhas perto de Taiwan após incidente com barco pesqueiro

A embarcação com quatro tripulantes virou na quarta-feira nas imediações das ilhas Kinmen, quando era perseguida pela guarda-costeira de Taiwan

Costa de TaiwanCosta de Taiwan - Foto: Yan Zhao/AFP

A China anunciou neste domingo (18) que vai intensificar as patrulhas em águas próximas a Taiwan, depois da morte de dois pescadores chineses em um incidente com uma embarcação da guarda-costeira taiwanesa.

Segundo as autoridades chinesas, a embarcação com quatro tripulantes virou na quarta-feira nas imediações das ilhas Kinmen, quando era perseguida pela guarda-costeira de Taiwan. Todos os seus ocupantes caíram no mar, dois morreram afogados e os sobreviventes foram presos.

"A guarda-costeira de Fujian reforçará sua presença policial no mar e realizará patrulhas periódicas nas águas do entorno de Xiamen e Kinmen", declarou Gan Yu, porta-voz da guarda-costeira chinesa.

A China expressou sua "enérgica condenação" pelo incidente e instou as autoridades da ilha a libertarem os sobreviventes da tripulação.

Taipé, em contrapartida, responsabilizou a China e afirmou que o barco estava "em águas proibidas" na costa das ilhas Kinmen, um território administrado por Taiwan que está situado a poucos quilômetros da cidade chinesa de Xiamen.

China e Taiwan estão separados "de fato" desde o fim da guerra civil em 1949, quando as tropas comunistas derrotaram as nacionalistas, que deixaram o continente.

Mas Pequim considera Taiwan, de 23 milhões de habitantes, uma província que faz parte de seu território e proclama sua intenção de recuperá-la mais cedo ou mais tarde, usando a força se necessário.

O líder do Partido Democrático Progressista (PDP) de Taiwan, Lai Ching-te, considerado por Pequim como um "separatista", venceu as eleições presidenciais de janeiro na ilha.

O incidente marítimo acontece em um momento de aumento das tensões no Estreito de Taiwan.

O presidente chinês Xi Jinping tem reiterado nos últimos anos sua vontade de uma "reunificação" da China e Pequim vem aumentando a pressão militar sobre o arquipélago.

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