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China pede "imparcialidade" à OMS, após crítica a seus dados sobre Covid

Na quarta-feira (4), o diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan, disse a jornalistas que as estatísticas oficiais não refletem o impacto real do vírus na China

Protocolos contra a Covid-19 na ChinaProtocolos contra a Covid-19 na China - Foto: Hector Retamal/AFP

O governo chinês pediu à Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quinta-feira (5), que adote uma posição "imparcial" sobre a gestão da Covid-19, depois que a instituição criticou Pequim por sua definição "muito estreita" para contabilizar as mortes pelo vírus.

"Esperamos que o secretariado da OMS mantenha uma posição científica, objetiva e imparcial e se esforce para desempenhar um papel positivo na resposta mundial ao desafio da pandemia", declarou a porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Mao Ning, à imprensa.

Na quarta-feira (4), o diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan, disse a jornalistas que as estatísticas oficiais não refletem o impacto real do vírus na China, que enfrenta um aumento no número de casos desde o desmantelamento da estratégia de "covid zero" em dezembro passado.

Hoje, a China respondeu que "mantém uma cooperação estreita com a OMS" e que "sempre compartilhou informações e dados relevantes com a comunidade internacional, em uma atitude aberta e transparente".

"De acordo com um balanço incompleto, houve cerca de 60 intercâmbios técnicos entre as duas partes desde que a Covid-19 foi detectada pela primeira vez, sobre questões que incluem a prevenção e o controle da covid-19, o tratamento, a pesquisa e o 0desenvolvimento de vacinas e o rastreamento da origem do vírus", acrescentou Mao Ning.

O balanço oficial da China é de 23 óbitos por coronavírus desde dezembro, depois que as autoridades estreitaram drasticamente os critérios para computar uma morte por Covid-19.

Cerca de dez países impuseram testes de covid a passageiros procedentes da China, alegando, em vários casos, a falta de transparência do país asiático sobre os dados do surto. A China criticou esta medida como "inaceitável".

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