Sem acordo

China recusa reunião com secretário de Defesa dos EUA

Um alto funcionário de defesa dos EUA descreveu o assunto como "o mais recente de uma série de desculpas"

Joe Biden, presidente dos Estados UnidosJoe Biden, presidente dos Estados Unidos - Foto: Brendan Smialowski / AFP

Pequim recusou um convite dos Estados Unidos para uma reunião em Singapura entre o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, e seu contraparte chinês, Li Shangfu, anunciou o Pentágono nesta segunda-feira (29).

"À noite, a RPC (República Popular da China) informou aos Estados Unidos que recusou nosso convite do início de maio para uma reunião do secretário Austin com o Ministro Nacional de Defesa da RPC, Li Shangfu, em Singapura esta semana", disse o porta-voz do Pentágono, brigadeiro-general Patrick Ryder, em um comunicado.

"A falta de vontade da RPC em participar de discussões de natureza militar não diminuirá o compromisso (do Departamento de Defesa) em buscar linhas abertas de comunicação com o Exército de Libertação Popular", acrescentou Ryder.

Um alto funcionário de defesa dos EUA descreveu o assunto como "o mais recente de uma série de desculpas", afirmando que desde 2021 a China "recusou ou não respondeu dezenas de pedidos do Departamento de Defesa para a participação de líderes-chave, múltiplas solicitações de diálogos permanentes e cerca de dez compromissos de trabalho".

Li foi sancionado pelo governo dos Estados Unidos em 2018 pela compra de armas russas, embora o Pentágono afirme que isso não impede Austin de tratar de assuntos oficiais com ele.

Austin deve viajar para Singapura esta semana para participar do Diálogo de Shangri-La, uma cúpula de defesa onde anteriormente se encontrou com o antecessor de Li, Wei Fenghe, em junho do ano passado.

Wei e Austin se reuniram novamente no Camboja no final de 2022, mas as tensões entre Washington e Pequim aumentaram este ano sobre questões como Taiwan e um suposto balão espião chinês que foi derrubado por aeronaves americanas.

Austin e outros funcionários dos EUA têm trabalhado para forjar alianças na Ásia com o objetivo de contrabalançar a influência de Pequim, embora também haja sinais de que os dois países estão trabalhando para reduzir as tensões.

O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, se reuniu com o diplomata chinês Wang Yi em Viena no início deste mês, e o presidente Joe Biden recentemente disse que os vínculos entre Washington e Pequim devem descongelar "muito em breve".

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