conflito

China rebate críticas da Otan e defende que aliança não crie "caos" na Ásia

China rompeu com os Estados Unidos e seus aliados europeus em relação à guerra na Ucrânia, recusando-se a condenar a invasão da Rússia

Porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Lin JianPorta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian - Foto: AFP

A China acusou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de buscar segurança às custas dos outros e defendeu que a aliança não deve levar o mesmo "caos" para a Ásia.

Em coletiva de imprensa, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês também recusou os título dado pela Otan para a China, de "facilitadora decisiva" da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

"A Otan está aumentando a responsabilidade da China na questão da Ucrânia, uma ação irrazoável e que tem motivos sinistros", disse o porta-voz do ministério Lin Jian. Ele afirmou que a China tem uma posição justa e objetiva sobre a questão da Ucrânia.

A China rompeu com os Estados Unidos e seus aliados europeus em relação à guerra na Ucrânia, recusando-se a condenar a invasão da Rússia. Seu comércio com a Rússia cresceu desde a invasão, compensando, pelo menos parcialmente, o impacto das sanções ocidentais.

Em comunicado divulgado na quarta-feira, 10, a Otan afirmou que essa "parceria sem limites" e apoio em larga escala à indústria de defesa da Rússia tornaram a China uma facilitadora da guerra. Rebatendo a crítica, Lin disse que o comércio da China com a Rússia é legítimo e razoável e se baseia nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores também pediu que a Otan pare de interferir em políticas internas da China e de prejudicar sua imagem, para evitar caos nas relações da Ásia-Pacífico "depois de criar a turbulência na Europa".

Lin reforçou o comentário de que a "segurança" da aliança ocorre às custas de outros países, reiterando preocupações com a expansão do grupo.

Nessa semana, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul enviaram líderes para participar da cúpula da Otan.

Paralelamente, tropas da China foram enviadas para Belarus, com o objetivo de realizar exercícios conjuntos na fronteira com a Polônia, país-membro da Otan. Lin descreveu o treinamento conjunto como um intercâmbio e cooperação militar normal que não é direcionado a nenhum país em particular. 

Veja também

Netanyahu: Israel não deu "sua última palavra" ao Hezbollah com os bombardeios no Líbano
Conflito

Netanyahu: Israel não deu "sua última palavra" ao Hezbollah com os bombardeios no Líbano

Ao menos 13 pessoas morreram em naufrágio de embarcação de migrantes na costa do Iêmen
NAUFRÁGIO

Ao menos 13 pessoas morreram em naufrágio de embarcação de migrantes na costa do Iêmen

Newsletter