Chuvas no Recife são resultados do fenômeno POA
O fenômeno causado pela perturbação no campo dos ventos alísios é comum durante a época de chuvas
A população da Região Metropolitana do Recife vivenciou nesta quinta-feira (13), um episódio que há muito tempo não acontecia de maneira tão severa, o anterior foi em junho de 2006. Desde a madrugada, chuvas intensas deixaram vários pontos da região totalmente alagados, e moradores de vários bairros completamente ilhados.
A chuva, na verdade, não foi comum, e sim decorrente de um fenômeno pouquíssimo conhecido, o POA. A Perturbação Ondulatória dos Alísios, POA, nada mais é do que uma agitação decorrente da movimentação dos ventos alísios, e mesmo pouco discutido, é um evento bastante comum na época chuvosa. Fortes ventos, muita umidade e eventos de chuvas intensas são algumas das características do POA.
Os ventos alísios são deslocamentos de massa de ar quente e úmido que vão de forma centralizada em direção à áreas onde há uma menor pressão atmosférica.
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Segundo a meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) Zilurde Campos, o fenômeno , que afeta tanto a RMR, quanto a Zona da Mata e o Agreste do Estado, tem duração de três dias, e é caracterizado justamente pela intensidade das chuvas. “É um episódio comum. As chuvas podem ser fracas e moderadas ou irem se intensificando ao longo dos próximos dias. É imprevisível”, explicou.
Ainda de acordo com a meteorologista, novos episódios de chuvas, como as que ocorreram nesta quinta-feira, podem acontecer até o fim da estação.
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia é de que chuvas fortes são esperadas até as 10h da sexta-feira (14). As chuvas poderão ocasionar descargas elétricas e rajadas de vento em algumas áreas isoladas do leste do Estado.
A Apac divulgou que, em apenas seis horas, choveu o equivalente a dez dias no Recife. Somente durante a manhã, foram registrados 117 mm de chuva, a média do mês de junho é de 389,60 mm.