Ciclone Biparjoy deixa rastro de destruição em sua passagem pela costa da Índia
Ciclone tocou solo na quinta-feira com ventos de até 125 quilômetros por hora
O ciclone Biparjoy matou duas pessoas, derrubou linhas elétricas e arrancou árvores pela raiz em sua passagem pela costa da Índia, mas a tormenta foi mais amena do que o previsto.
Mais de 180.000 pessoas foram retiradas no estado de Gujarat e no Paquistão antes da chegada do Biparjoy, que significa "desastre" em bengalês.
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O ciclone tocou solo na quinta-feira com ventos de até 125 quilômetros por hora, mas foi enfraquecendo e as previsões meteorológicas indicam que deve se reduzir a um moderado sistema de baixa pressão na noite desta sexta-feira(16).
Dois homens morreram afogados no distrito de Bhavnagar na quinta, devido às enchentes, informou o governo do estado de Gujarat.
O diretor dos serviços de resgate, C.C. Patel, informou que há 23 feridos.
"Nunca vi nada igual", disse à AFP Mukesh Pattni, de 22 anos. "Não comi nada desde ontem. Há árvores caídas, tudo está desmoronando".
Alok Pandey, encarregado dos resgates no estado, informou aos jornalistas que quase 500 casas foram danificadas.
Mais de 1.000 localidades próximas à costa estão sem eletricidade porque o ciclone derrubou várias linhas de alta tensão.
Na Índia, mais de 100.000 pessoas foram evacuadas de forma preventiva e no Paquistão outras 82.000 foram deslocadas das costas.
A ministra paquistanesa de Mudança Climática, Sherry Rehman, informou que não há registros de vítimas fatais no país.
Os ciclones são habituais na costa do norte do Oceano Índico, onde vivem dezenas de milhares de pessoas.
Especialistas advertem que estes fenômenos estão se tornando mais fortes devido ao aquecimento global, que também afeta a temperatura dos oceanos.