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Cidadão francês detido no Irã revela sua identidade e seu cansaço

Na sexta-feira, a França convocou o embaixador iraniano em Paris para denunciar a situação de seus três compatriotas

Bandeira do IrãBandeira do Irã - Foto: iStock

Um francês detido no Irã desde outubro de 2022 revelou sua identidade e seu cansaço em uma mensagem de áudio transmitida por uma estação de rádio francesa nesta segunda-feira (13), em meio a discussões entre Teerã e potências europeias.

Olivier Grondeau, de 34 anos, até agora só foi identificado pelo primeiro nome e a França não tornou públicos os detalhes de seu caso, que se junta ao de outros dois compatriotas no Irã.

Em uma mensagem de áudio transmitida pela rádio France Inter nesta segunda-feira, Grondeau se identificou por completo e alertou que ele e os outros dois cidadãos franceses detidos desde 2022 - Cecile Kohler e Jacques Paris - estavam "exaustos".

"Estou exausto", disse Grondeau.

"Vocês que têm o poder de influenciar este caso, ouçam esta verdade. A força de Cécile, a força de Jacques, a força de Olivier estão se esgotando", acrescentou.

"A sua responsabilidade é garantir que três seres humanos sobrevivam", disse o homem, falando "de sua cela na prisão central de Teerã". "Eu sou inocente, todos aqui sabem que sou inocente", ele gritou.

Grondeau foi preso em Shiraz, no sul do Irã, em outubro de 2022 e condenado a cinco anos de prisão por "conspirar contra a República Islâmica", disse sua mãe, Thérèse Grondeau, à estação de rádio.

Sua família rejeita as acusações, descrevendo-o como um entusiasta da poesia persa que foi ao Irã com visto de turista como parte de uma viagem por vários países.

Na sexta-feira, a França convocou o embaixador iraniano em Paris para denunciar a situação de seus três compatriotas, que considera "reféns de Estado", e exigir sua "libertação", disse o Ministério das Relações Exteriores francês.

A ação de Grondeau ocorre no momento em que Teerã, de um lado, e França, Alemanha e Reino Unido, de outro, se reúnem na Suíça nesta segunda-feira para discutir o programa nuclear do Irã.

Horas antes da reunião, o Irã libertou a germano-iraniana Nahid Taghavi, anunciou sua família, dias depois que a jornalista italiana Cecilia Sala foi libertada da prisão e voltou para casa após três semanas de detenção.

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