Alta letalidade

Cidade dos EUA fecha espaços públicos após caso de encefalite transmitida por mosquito

Plymouth, em Massachusetts, tomou decisão depois de caso em animal e humano

Culex tarsalis, vetor da encefalite equina Culex tarsalis, vetor da encefalite equina  - Foto: Wikimedia Commons

A cidade de Plymouth, em Massachusetts, nos Estados Unidos, anunciou o fechamento de parques e praças municipais à noite pelo risco elevado de uma doença de alta letalidade transmitida por mosquito.

A encefalite equina do Leste foi encontrada em um cavalo exposto na cidade recentemente, o que elevou o risco de infecção na cidade para alto.

A doença pode infectar seres humanos por meio de picadas de mosquito e tem uma letalidade entre 33% e 70%, com a maioria dos sintomas ocorrendo de dois a dez dias da transmissão.

No último dia 16, o estado norte-americano relatou seu primeiro caso humano da doença este ano e o primeiro desde 2020.

Um homem na casa dos 80 anos foi exposto no condado de Worcester, o que levou as autoridades de saúde a aumentarem o nível de risco da doença em comunidades próximas, de acordo com um comunicado do departamento de Saúde Pública.

“A encefalite equina é uma doença rara, mas grave, e uma preocupação de saúde pública” disse Robbie Goldstein, comissário de Saúde Pública de Massachusetts, no comunicado.

“Queremos lembrar aos residentes a necessidade de se protegerem contra picadas de mosquitos, especialmente nas áreas do estado onde estamos vendo atividade da doença”.

No começo do ano, o Brasil registrou um caso de infecção em cavalo de encefalite equina do oeste, causada por outro vírus da mesma família, no município de Barra do Quaraí.

Em maio, outro animal foi contaminado em Castelo, no Espírito Santo. Não houve infecção registrada em seres humanos.

Na Argentina, entre o fim de 2023 até maio de 2024 foram notificados 530 casos humanos suspeitos de encefalite equina do Oeste em 21 províncias, 105 deles confirmados, 24 classificados como prováveis, e 88 descartados. Foram 11 casos fatais.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, os vetores primários da encefalite equina são o Culex tarsalis na América do Norte e espécies do gênero Aedes, na América do Sul.

Os Alphavirus são responsáveis por três formas da doença: encefalomielite equina do Leste, encefalomielite equina do Oeste e encefalomielite equina venezuelana.

Em humanos, os sintomas mais comuns são febre, cefaleia, rigidez da nuca, letargia e conjuntivite. Em alguns casos, pode evoluir para inflamação das meninges e do parênquima encefálico.

Casos suspeitos de encefalomielite equina do Leste no Brasil são de notificação obrigatória e imediata, segundo a instrução normativa de nº 50/2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

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