Desastre

Cidades perderam todas as vacinas e medicamentos com enchentes na Bahia

Governador da Bahia evita criticar Bolsonaro que em meio a enchentes foi para Santa Catarina

Governador da Bahia, Rui Costa, em transmissão ao vivo nesta terça-feira (28)Governador da Bahia, Rui Costa, em transmissão ao vivo nesta terça-feira (28) - Foto: Reprodução/Vídeo/Twitter

O governador da Bahia, Rui Costa, disse nesta terça-feira (28) que algumas cidades do estado perderam com a enchentetodo o estoque de medicamentos e vacinas. Segundo o governador, há “milhares de pessoas desesperadas” porque perderam tudo, classificando a situação no estado como uma “tempestade perfeita”.

Costa afirmou que oestado está reforçando o abastecimento de medicamentos para cidadescomo Jucuruçu e Tororó, além de outras localidades, onde assecretarias municipais de saúde e depósitos de medicamentos ficaram alagados.

"É a tempestade perfeita. Nós temos um desastre natural e temos duas pandemias acontecendo ao mesmo tempo, a pandemia do coronavírus e essa do vírus da gripe que tem assolado o país inteiro e também a Bahia. E, por isso, é fundamental a atenção e atenção dos médicos", afirmou Costa em entrevista coletiva em Ilhéus, transmitida em redes sociais.

Citando não ser médico e nem especialista, o governador disse não saber sobre todasas endemias provocadas pelas enchentes, mas citou a doença provocada pelo “xixi do rato”, a leptospirose, que é comum emenchentes. Ainda de acordo com o governador, há um esforço do governo para repor os medicamentos e garantir o atendimento médico. Ele disse também contar com a ação de voluntários para darassistência à população.

Para o governador, o ano de 2022 será de reconstrução. Ele destacou ser necessário elencar prioridades, sendo fundamental em um primeiro momento “refinar os números”. O governo estadual já decidiu que haverá um auxílio financeiro para as famílias atingidas pelas enchentes, mas o valor ainda será definido. O benefício vai ser executadodentro do programa Estado Solidário.

Rui Costa ressaltou também não ser possível ainda estipular quando as estradas serão recuperadas, justificando que é preciso avaliar a extensão dos prejuízos. Há também estradas federais interrompidas.

"A Bahia está devastada e ainda não é possível estipular prazo de quando as estradas vão ser recuperadas", disse, destacando que a recuperação agora é provisória.

Na entrevista, o governador evitou criticar o presidente Bolsonaro que em meio à tragédia na Bahia viajou para Santa Catarina, onde deve passar o Ano Novo. Até o momento, foram contabilizadas 471 pessoas atingidas pelos temporais e ao menos 20 mortos.

"Prefiro nestemomento evitar polêmicas no âmbito da política e me concentrar notrabalho. Deus e o povo brasileiro saberá analisar a conduta decada brasileiro, de cada pessoa", disse Costa, completando: "Eu não posso perder o foco do meu trabalho porque tem milhares depessoas desesperadas nesse momento se perguntando como vão recomeçarsuas vidas. Então é nesse desespero que a gente não pode abrirbrecha, abrir janela pra qualquer debate da política".

O governador informou ainda que não há previsão para o restabelecimento deserviços de água e luz em algumas cidades.

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