Cientistas chineses desenvolvem máscara que detecta vírus da Covid e gripe no ar
Dispositivo indica a presença dos patógenos em 10 minutos e envia um alerta para um smartphone
Pesquisadores chineses desenvolveram uma máscara que permite que os usuários saibam se foram expostos à Covid-19 ou à gripe, um desenvolvimento que pode ajudar populações vulneráveis.
Um sensor embutido em uma máscara foi capaz de detectar os vírus Sars-CoV-2 (Covid-19), H5N1 e H1N1 (gripe) no ar em 10 minutos e enviar notificações para um dispositivo, de acordo com o estudo liderado por seis cientistas que trabalham com a Universidade Tongji em Xangai. As descobertas revisadas por pares foram publicadas na revista científica Matter nesta segunda.
Patógenos respiratórios que causam a Covid-19 gripe H1N1 se espalham através de pequenas gotículas e aerossóis liberados por pessoas infectadas quando falam, tossem e espirram. Essas moléculas contendo vírus, especialmente aerossóis minúsculos, podem permanecer suspensas no ar por muito tempo.
Embora a pandemia tenha levado ao uso generalizado de máscaras e à proliferação de designs dos itens de proteção — incluindo uma versão com microfone desenvolvida pela Razer Inc. — a flexibilização das regras de distanciamento social com a diminuição dos casos de Covid-19 nos principais países do mundo levou a uma queda no uso de máscara.
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Ainda assim, o uso de máscaras continua difundido em países como a China, que mantém uma política rígida de Covid Zero, enquanto muitas pessoas ao redor do mundo continuam a usá-las para proteger a si e a outras do vírus, independentemente das regras do governo. Uma pesquisa da Axios-Ipsos no início de setembro descobriu que 37% dos americanos usam uma máscara fora de casa pelo menos às vezes, abaixo dos 89% há dois anos.
O novo dispositivo, que é montado fora da máscara com uma bateria de lítio recarregável, foi testado pulverizando patógenos nele em um ambiente interno, simulando um cenário provável em que alguém está falando ou tossindo. Os sensores responderam ao líquido — que era cerca de 70 a 560 vezes em menor quantidade do que a produzida em um espirro—, enviando alertas para dispositivos sem fio como um telefone.
Os pesquisadores disseram que o dispositivo foi melhor usado em espaços fechados onde o risco de infecção é alto e estão trabalhando para diminuir os tempos de detecção e a sensibilidade do dispositivo, que pode ser configurado para diferentes vírus, se necessário. Não foram publicadas estimativas de custo do acessório.