Covid-19

Cientistas de Portugal desenvolvem vacina contra Covid-19 ingerida em iogurte e suco

Imunizante comestível está em fase de testes e pode ser viabilizado dentro de seis meses a um ano, segundo pesquisadores do Instituto Politécnico do Porto

Laboratório de Biotecnologia Médica e Industrial (LaBMI)Laboratório de Biotecnologia Médica e Industrial (LaBMI) - Foto: Reprodução/ Facebook

Uma equipe de cientistas do Instituto Politécnico do Porto (IPP), em Portugal, está desenvolvendo uma vacina comestível contra a Covid-19. O imunizante poderia ser ingerido em formato de iogurte ou suco de frutas.

A ideia, que surgiu ainda no início da pandemia, começou a avançar há cerca de seis meses. Prestes a finalizarem os ensaios in vitro, os cientistas planejam começar em breve os testes em animais, entre eles ratos, peixeis e uma espécie pequena de minhoca.

Segundo o biólogo Rúben Fernandes, um dos responsáveis pelo Laboratório de Biotecnologia Médica e Industrial (LaBMI do IPP), a particularidade do imunizante é ter por base plantas de frutos e probióticos geneticamente modificados - micro-organismos vivos benéficos à saúde humana. O pesquisador afirmou à agência Lusa que o projeto é "completamente inovador em Portugal".
 

O objetivo do projeto, de acordo com a equipe, é que a vacina chegue facilmente ao usuário final. Os cientistas apontam que os imunizantes que estão sendo aplicados atualmente no mundo estimulam a neutralização do coronavírus, enquanto o que está em desenvolvimento teria outra propriedade visando a imunidade.

"Ambos são produtos preventivos, mas, neste caso, a vacina, vou dizer convencional, neutraliza uma infecção e as vacinas comestíveis têm a propriedade de poderem potenciar as outras vacinas comuns" disse Fernandes à Lusa.

A expectativa dos pesquisadores é viabilizar a vacina entre seis meses e um ano, se usados apenas os probióticos. No caso dos frutos, a tendência é que demore mais, já que as plantas precisam crescer para que possam ser usados na indústria e transformados em suco.

Embora o foco seja na Covid-19, cientistas acreditam que, no futuro, a vacina possa interessar também para prevenção de outras doenças infecciosas.

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