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GUERRA ISRAEL-HAMAS

CIJ ordena a Israel que garanta 'ajuda humanitária urgente' a Gaza

Território palestino vive em situação de fome

Abastecimento de caminhões para ajuda humanitária na Faixa de GazaAbastecimento de caminhões para ajuda humanitária na Faixa de Gaza - Foto: Kuna/AFP

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou, nesta quinta-feira (28), a Israel que garanta, sem demora, a entrega de "ajuda humanitária urgente" para Gaza, em vista da deterioração das condições neste território palestino, onde afirmou que há "fome".

Israel deverá adotar todas as medidas necessárias e eficazes para garantir, sem demora, a entrega sem restrições de "serviços básicos e ajuda humanitária urgente" para a Faixa de Gaza, declarou a CIJ, o principal órgão judicial da ONU, com sede em Haia, nos Países Baixos.

O tribunal ressaltou que os palestinos em Gaza não estão mais enfrentando o risco de fome, mas sim que há "uma fome se instalando" nesse território.

A guerra em Gaza começou em 7 de outubro devido ao ataque do movimento islamista palestino Hamas no sul de Israel, onde seus combatentes mataram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço feito pela AFP com base em números oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 32.552 mortos em Gaza, segundo o grupo islamista que governa o território palestino desde 2007.

No final de dezembro, a África do Sul recorreu à CIJ argumentando que a ofensiva em Gaza viola a Convenção para a Prevenção de Genocídios e, perante o tribunal, Pretória alegou que Israel comete um "genocídio" em Gaza.

Em uma decisão de meados de janeiro, o tribunal ordenou a Israel que impedisse qualquer ato de genocídio no território palestino e permitisse a entrada de ajuda humanitária.

A África do Sul pediu novas medidas algumas semanas depois, com o objetivo de pressionar legalmente Israel a não lançar uma ofensiva terrestre contra Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O principal órgão judicial da ONU rejeitou o pedido.

Então, a África do Sul voltou a apresentar um recurso em março, desta vez para solicitar medidas cautelares devido ao que descreveu como uma "fome generalizada" resultante da ofensiva israelense.

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