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Cinco mulheres buscam herança bilionária de Mohamed al-Fayed como indenização por violência sexual

Empresário morto em 2023 é acusado de cometer violência contra dezenas de ex-funcionárias

Omar Al Fayed fala sobre denúncias contra o pai, Mohamed Al Fayed, ex-dono da Harrods Omar Al Fayed fala sobre denúncias contra o pai, Mohamed Al Fayed, ex-dono da Harrods  - Foto: Instagram//AFP

Cinco mulheres que acusam o falecido proprietário da Harrods Mohamed al-Fayed de violências, especialmente sexuais, vão iniciar um processo civil para obter indenizações por danos a partir da herança do empresário bilionário que morreu em 2023, anunciou o escritório de advocacia que as representa.

"As cartas de solicitação foram enviadas em nome de cinco mulheres que trabalharam como babás e comissárias para al-Fayed entre 1995 e 2012", afirma o escritório de advocacia Leigh Day em um comunicado.

A ação é "a primeira etapa formal de um procedimento judicial por danos e interesses", acrescentou. As supostas vítimas também pedem o início de uma investigação pública.

 

Segundo o comunicado, elas eram funcionárias da companhia aérea Fayair (de propriedade do bilionário) ou de outras empresas do clã e foram vítimas "de graves violências sexuais, assédio e maus-tratos".

A nota também menciona "violências verbais" e "ameaças".

"Iniciamos este procedimento em nome de nossas clientes, que foram vítimas de violências por parte de al-Fayed quando trabalhavam para ele ou para outras empresas fora da Harrods", declarou o advogado Richard Meeran, citado no comunicado.

"É importante que sua sucessão (que inclui pessoas físicas e jurídicas) seja considerada responsável pelos abusos generalizados que ele cometeu contra pessoas que nunca trabalharam na famosa loja", acrescentou Meeran.

Os testemunhos contra o ex-proprietário da Harrods e do clube de futebol inglês Fulham aumentaram após a exibição, em setembro, de um documentário da BBC que detalhava denúncias de agressões sexuais.

A polícia de Londres informou que foi procurada desde então por mais de 90 acusadoras. Segundo a agência de notícias britânica PA, agora seriam mais de 100.

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