fenômeno

Clarão é visto no céu da RMR e de outros estados do Nordeste; especialistas detalham fenômeno

Vídeos que circulam nas redes sociais captaram o clarão em diferentes pontos

Bólido brilhante pôde ser visto de vários estados do NordesteBólido brilhante pôde ser visto de vários estados do Nordeste - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um clarão no céu foi avistado em diferentes cidades de Pernambuco e de outros estados do Nordeste, na noite dessa terça-feira (27). 

Segundo a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), trata-se de um meteoro, que atingiu a atmosfera por volta das 23h.

O bólido brilhante pôde ser visto no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Igarassu, Abreu e Lima e Ipojuca, na Região Metropolitana. Também há relatos em Lagoa de Itaenga, na Mata Norte pernambucana, e em Maceió, Alagoas.

Vídeos que circulam nas redes sociais captaram o clarão em diferentes pontos. Imagens do circuito de segurança de uma residência mostram quando uma "bola de fogo" passa pelo céu, às 22h55, e é espelhada na água de uma piscina.

O astrônomo e diretor técnico da Bramon, Marcelo Zurita, informou que o meteoro foi registrado pelo satélite Goes-16 e pode ter sido visto também nos estados da Paraíba, Alagoas, Sergipe e em parte da Bahia.

“Meteoros são muito comuns, registramos centenas deles todas as noites nas câmeras da Bramon. Mas um tão brilhante quanto este já é algo bem raro”, destacou Zurita.

O astrônomo detalha que um meteoro é o fenômeno luminoso gerado pela passagem de um fragmento de rocha espacial em alta velocidade pela atmosfera.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“A velocidade é tão alta que aquece e energiza o ar a sua volta, fazendo com que ele brilhe como uma lâmpada”, informou o especialista.

De acordo com Cleiton Batista, integrante do Núcleo de Educação do Espaço Ciência, para chegar à conclusão de que foi, de fato, um meteoro, foi necessário o cruzamento de informações com diferentes redes de monitoramento.

“A partir de uma análise de diferentes fontes de informação, como a Bramon e o Goes-16, que é um satélite meteorológico geoestacionário, a gente conseguiu concluir que foi um meteoro que adentrou à atmosfera”, relata.

Cleiton informou, ainda, que os fragmentos que atingem a atmosfera, denominados meteoroides, podem ter dimensões de mícrons a um metro, e velocidade que varia de 39 mil a 258 mil km/h.

“Quando esses fragmentos resistem à atmosfera terrestre, e chegam à superfície da Terra, recebem o nome de meteorito, possuindo uma riqueza científica enorme, podendo esclarecer questionamentos da formação do nosso sistema solar, por exemplo”, destaca.

O integrante do Núcleo de Educação do Espaço Ciência orienta que, caso um meteorito seja encontrado, é necessário entrar em contato com uma instituição de ensino federal (IF's) ou universidade públicas, para que o material seja identificado e estudado.

Marcelo Zurita informou que a Bramon possui um formulário online, que pode ser acessado pelo link bramon.imo.net, para coletar relatos de avistamento de bólidos. "O conjunto desses relatos nos ajuda a obter informações sobre o meteoro, além de envolver a população na pesquisa", afirmou.

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