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Coalizão de Netanyahu faz acordo para formar governo de unidade nacional com a oposição de Israel

Partido Likud anunciou que gabinete do premier aceitou entrada de líderes rivais na coalizão para enfrentar situação de emergência após os ataques terroristas do Hamas

O primeiro-ministro israelense Benjamin NetanyahuO primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu - Foto: AFP

O partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que as lideranças da coalizão governista liderada pela legenda chegaram a um acordo, nesta terça-feira (10), para a formação de um governo de unidade nacional, permitindo que integrantes da oposição sejam integrados ao gabinete, para enfrentar o momento de crise aguda iniciada pelo ataque terrorista do Hamas, no último sábado (7).

Integrantes da oposição, como Yair Lapid e Benny Gantz, haviam manifestado publicamente, nos últimos dias, a opinião de que um governo de coalizão era a melhor saída para enfrentar o período conflituoso. A ideia não foi inicialmente aceita por todos os setores governistas, sobretudo pela ala de extrema-direita liderada por Itamar Ben-Gvir, que após o ato terrorista acabou dizendo que vidas teriam sido poupadas se ele tivesse sido ouvido (Ben-Gvir é o defensor de pautas extremistas contra todos os cidadãos palestinos).

Apesar disso, outros setores da direita radical que compõem o governo condenaram a fala divisiva de Ben-Gvir e saíram publicamente em defesa do governo de unidade nacional. Bezalel Smotrich, atual ministro das Finanças de Israel e que já defendeu pautas extremistas como a segregação de mulheres judias e muçulmanas em áreas diferentes de maternidades, posicionou-se a favor da entrada da oposição no governo.

"Governo de emergência nacional. Agora!", escreveu Smotrich na rede social X (antigo Twitter).

Outras figuras proeminentes do governo Netanyahu condenaram Ben-Gvir e pediram a unidade. Avi Dichter, ministro da Agricultura, pediu que o extremista parasse com as declarações, e defendeu a "unidade até a vitória". Yoav Kisch, ministro da Educação, classificou as declarações de Ben-Gvir como "inaceitáveis" e também pediu a unidade nacional.

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