rio de janeiro

COB nega que professora de vôlei que agrediu entregador tenha feito parte de quadro de colaboradores

Entidade desmentiu, através de nota, que Sandra Mathias Correia de Sá tenha sido supervisora de produção ou ocupado outros cargos

Professora Sandra Mathias Correia de Sá aparece em vídeo dando chicotadas no entregador Max Angelo Alves dos Santos Professora Sandra Mathias Correia de Sá aparece em vídeo dando chicotadas no entregador Max Angelo Alves dos Santos  - Foto: Reprodução

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) negou que Sandra Mathias Correia de Sá, investigada por injúria após ter agredido verbal e fisicamente o entregador Max Angelo Alves do Santos, tenha feito parte de seu quadro de colaboradores. Segundo o comitê informou por meio de nota, a professora de vôlei, nutricionista e ex-atleta "jamais atuou na entidade como supervisora de produção nem fez parte do seu quadro de colaboradores em qualquer outra função".

Nas redes sociais, Sandra diz ter trabalhado no COB, entre outubro e novembro de 2022, como supervisora de produção. A ligação mais recente com esportes é atuar como professora na escolinha de vôlei que possui na Praia do Leblon, na altura do posto 12, na Zona Sul do Rio. Após o caso em que chicoteou o entragador Max Angelo quatro vezes com a guia de uma coleira de cachorro, a Secretaria Municipal de Esportes confirmou que não concederá a renovação até que todos os fatos sejam esclarecidos pela Justiça. Segundo a pasta, a autorização para a atividade venceu em dezembro de 2022 e estava em processo de renovação.

As imagens em que Max aparece como alvo da ex-atleta de vôlei, Sandra puxa o entregador pelo uniforme, além de tentar dar um soco no rosto do homem, que é morador da Rocinha. Após essa primeira sequência de golpes, ela o alerta: "não vai embora!".

Nesse momento, Sandra se distancia de Max, mas vai até o seu cachorro, que até então estava preso pela guia em um corrimão, e o deixa solto. Com a coleira em mãos, caminha em direção a Max.

Quando a professora se aproxima, o entregador chega a falar: "seu 'caô' não é comigo não", mas Sandra começa a chicoteá-lo. Ao todo foram quatro golpes, dos quais, em um, o entregador conseguiu se esquivar, ao abaixar. Em um dos golpes, a mulher ainda dá um empurrão em Max.

O cachorro, solto, late enquanto a tutora termina as agressões.

— Te juro, nem acreditei, para mim ela ia pegar o cachorro e ir embora. Nunca me passou pela cabeça que ia me agredir com a coleira e me dar chicotada nas costas — contou Max, que narra ter tentado intervir numa discussão que começara anteriormente, entre Sandra e uma outra entregadora, Viviane Maria Souza. — Uma menina (Viviane) perguntou porque ela tem tanto ódio da gente, e aí começou a discussão delas. Foi quando ela começou a falar diversas palavras ofensivas, ameaçou a menina, avançou, agarrou a menina, puxou pelas pernas, mordeu. Ela ainda ficou correndo aqui, falou que ia matar a menina. Quando voltou, já voltou me agredindo

O local em que ocorreram as agressões fica em frente a uma central de entregas, estabelecimento de onde o morador da Rocinha pega as entregas que faz por meio de um aplicativo. De bicicleta, ele e os colegas costumam ficar sentados nos degraus em frente à loja, localizada na Estrada da Gávea.

Max trabalha há um ano e meio como entregador, após perder o emprego como porteiro em um prédio, também em São Conrado.

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