migração ilegal

Colômbia detém mais de 20 migrantes asiáticos em menos de 15 dias

Já são 135 migrantes, incluindo 29 menores, encontrados em 2023 em águas caribenhas, segundo a Marinha

Mar do CaribeMar do Caribe - Foto: Freepik

A Colômbia deteve 23 migrantes asiáticos no Mar do Caribe em menos de 15 dias, uma das novas rotas para viajantes sem documentos que se dirigem aos Estados Unidos, informou a Marinha nesta segunda-feira (29).

Seis deles, de nacionalidade chinesa, viajavam em uma embarcação "ilegal" que "não tinha as condições mínimas de segurança" perto do arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina, segundo um comunicado.

Os viajantes foram "colocados à disposição" da Migração Colombiana, a autoridade que determinará se os expulsará para o Equador, país onde costumam chegar os asiáticos por não precisarem de visto antes de arriscarem uma travessia ilegal para a Colômbia, explicou a Marinha à AFP.

O capitão da embarcação e outro tripulante, ambos colombianos, foram capturados.

Em 18 de maio, a guarda costeira encontrou outros 15 chineses e dois vietnamitas, incluindo um menor, perto das ilhas.

Segundo as autoridades, eles tentavam chegar à América Central para continuar sua viagem em direção aos Estados Unidos.

Já são 135 migrantes, incluindo 29 menores, encontrados em 2023 em águas caribenhas, segundo a Marinha. Em abril, o Ministério do Interior alertou para uma "grave crise humanitária" nas ilhas.

San Andrés, Providencia e Santa Catalina se tornaram uma rota comum para milhares de migrantes latino-americanos, especialmente venezuelanos e asiáticos.

Dados os riscos que enfrentam em outras rotas perigosas, como a selva de Darién, na fronteira colombiana-panamenha, "esta rota foi vendida como uma rota VIP", explicou à AFP o Capitão da Marinha Santiago Coronado.

Segundo a Marinha, as travessias pelo arquipélago começaram por volta de 2016 e no último ano foram popularizadas devido ao aumento da "migração venezuelana".

Nos primeiros quatro meses do ano, mais de 100.000 pessoas cruzaram o Darién, segundo a Organização das Nações Unidas, que prevê que o número chegue a 400.000 pessoas até o final de 2023.

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