Colômbia e ELN voltam a prorrogar negociações sobre trégua
As negociações rotativas de paz com o ELN, que, segundo números oficiais, conta com mais de 5.000 membros
O governo da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN) adiaram para amanhã o encerramento da sexta rodada de negociações para prorrogar a trégua de seis meses entre as forças públicas e a guerrilha guevarista, que expirou oficialmente em 29 de janeiro, informou um funcionário do Centro Internacional de Imprensa cubano nesta segunda-feira (05).
A rodada teve início em 22 de janeiro, em Havana. O ELN, última guerrilha atuante na Colômbia, divulgou na rede social X um comunicado explicando que "estão sendo tomadas medidas para resolver fatores de crise e agregar novos elementos de compromisso a serem respeitados por ambas as partes".
Há uma semana, as partes já haviam concordado em prorrogar por sete dias o cessar-fogo, para dar tempo às negociações que buscam prorrogar por um semestre a trégua assinada na capital cubana, que entrou em vigor no último dia 3 de agosto.
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Essa prorrogação é negociada após o ELN se comprometer a suspender os sequestros em troca de resgate durante a quinta rodada de negociações de paz, realizada em dezembro, no México. Este acordo conseguiu superar a crise causada pelo sequestro, em 28 de outubro, do pai do astro do futebol colombiano e atacante do Liverpool inglês Luis Díaz, que foi libertado 12 dias depois.
As negociações rotativas de paz com o ELN, que, segundo números oficiais, conta com mais de 5.000 membros, tiveram início em Caracas, em novembro de 2022, sob a liderança do presidente Gustavo Petro, que lançou um plano de Paz Total com grupos rebeldes e organizações do narcotráfico. Seu antecessor Iván Duque (2018-2022) havia suspendido as conversas com o ELN após um atentado em uma escola de policiais.
A Colômbia enfrenta seis décadas de conflito armado, que já deixou 9,5 milhões de vítimas, entre deslocados, assassinados, sequestrados e desaparecidos.