Colômbia irá regularizar 1 milhão de venezuelanos no começo de 2022
"Esse mecanismo de proteção é o gesto de paz mais importante na história recente da América Latina", afirmou o presidente colombiano
O presidente colombiano, Iván Duque, anunciou nesta quarta-feira, em Nova York, que seu país irá regularizar 1 milhão de venezuelanos no primeiro semestre de 2022.
Somam-se a esses venezuelanos 1,3 milhão de pessoas que receberam o Status de Proteção Temporária este ano, anunciou Duque no evento "Torne-os visíveis", organizado por seu país paralelamente à Assembleia Geral da ONU, e do qual participaram representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Estados Unidos e Canadá.
"A Colômbia tornou a crise venezuelana visível e demonstrou fraternidade, mas os venezuelanos mostraram resiliência, esperança e irmandade", destacou Duque. "Esse mecanismo de proteção é o gesto de paz mais importante na história recente da América Latina", afirmou.
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Durante o evento, o comissário Filippo Grandi assinalou que "o fenômeno venezuelano é muito complexo" e que "a proteção por inclusão é uma das melhores formas de proteção" dos migrantes.
Edward Stein, representante especial conjunto do Acnur e da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que participou do encontro, pediu aos outros países que recebem imigrantes venezuelanos que tomem medidas "como as da Colômbia", para produzir "uma resposta humanitária mais eficaz".
Durante o evento, o embaixador Jeffrey DeLaurentis, assessor principal de Assuntos Políticos Especiais dos Estados Unidos, anunciou um novo aporte de 336 milhões de dólares para responder à crise humanitária na Venezuela e na região.
Quase 5,7 milhões de venezuelanos deixaram seu país desde 2015, de acordo com a Plataforma Regional de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), criada na ONU em 2018.
O comissário do governo interino de Juan Guaidó perante a ONU, Miguel Pizarro, advertiu que a crise migratória pode "subir para 7 milhões" este ano.