Venezuela

Colômbia pede que se evite a "violência" e a "repressão" na Venezuela

Maduro foi proclamado vencedor das eleições de 28 de julho pela autoridade eleitoral com 52% dos votos contra 43% de González

O presidente venezuelano Nicolás Maduro.O presidente venezuelano Nicolás Maduro. - Foto: Federico Parra / AFP

O chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, garantiu, nesta terça-feira (6), que seu país repudia “qualquer ato que leve ao aumento da violência ou que gere repressão” na Venezuela, cenário de protestos contra a reeleição questionada de Nicolás Maduro , que já deixou 24 mortos.

Após uma eleição que a oposição denuncia como fraudulenta e, enquanto as manifestações contra o chavismo não param, o ministro colombiano pediu "que haja muita cautela, muita prudência, para evitar que ocorram surtos de violência".

Os Estados Unidos e vários países da América Latina aprovaram o candidato opositor Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições. 

Por sua vez, os governos do Brasil, Colômbia e México impulsionaram um acordo político na Venezuela que permita superar a crise.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador, respectivamente, "estão neste tipo de contatos. Esperamos que nesta semana e na próxima possam, se eles assim decidirem, comunicarem os avanços que fizeram", acrescentou Murillo durante uma coletiva de imprensa no departamento (estado) colombiano de La Guajira (norte).

Maduro foi proclamado vencedor das eleições de 28 de julho pela autoridade eleitoral com 52% dos votos contra 43% de González, que reivindica sua vitória, denuncia fraude e afirma ter a maioria das atas que a confirmam.

Anunciado o resultado, eclodiram protestos que deixaram segundo pelo menos 24 mortos, organizações de defesa dos direitos humanos, e cerca de dois mil detidos, segundo Maduro.

“Em qualquer cenário, devem ser respeitados os direitos das pessoas, seus direitos políticos, sociais, econômicos”, assegurou Murillo.

A líder da oposição venezolana María Corina Machado, que não pôde disputar a eleição devido a uma inabilitação política, mas que apoiou González, denunciou uma "campanha de terror" na Venezuela e pediu a militares e policiais que se colocassem "ao lado do povo" .

Mas a Força Armada venezuelana ratificou sua “lealdade absoluta” a Maduro. O Conselho Nacional Eleitoral não divulgou os resultados detalhados da eleição e alegações de que seu sistema foi hackeado.

Embora tenha sido cauteloso em suas declarações sobre a Venezuela, Petro pediu na quarta-feira passada um "escrutínio transparente" diante das "graves dúvidas" sobre as eleições.

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