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CONFLITOS

Colômbia tem mais de 100 mortos e milhares de deslocados em 5 dias de violência

Nesta segunda-feira (20), o Ministério da Defesa informou a morte de 20 pessoas no departamento amazônico de Guaviare (sul) em confrontos

A violência deixa em xeque a aposta de paz do governo do presidente Petro com todos os grupos armados da ColômbiaA violência deixa em xeque a aposta de paz do governo do presidente Petro com todos os grupos armados da Colômbia - Foto: Schneyder Mendoza/AFP

Mais de 100 mortos e milhares de deslocados. Este foi o balanço de uma escalada violenta de insurgentes e narcotraficantes em diferentes regiões da Colômbia, em meio a um conflito armado que recrudesce apesar dos esforços de paz do governo de Gustavo Petro.

A fronteira com a Venezuela, no sul amazônico, e a região norte da Colômbia sofrem a ofensiva das organizações que disputam o controle do território e das rotas do narcotráfico no país que mais produz cocaína no mundo.

Nesta segunda-feira (20), o Ministério da Defesa informou a morte de 20 pessoas no departamento amazônico de Guaviare (sul) em confrontos entre duas facções inimigas das dissidências das Farc.

Desde a quinta-feira, a fronteira da Colômbia está em chamas devido a uma investida da guerrilha ELN contra dissidentes das Farc e a população civil.

A prolongada investida, que remete às piores épocas do conflito armado, inclui homicídios seletivos e combates que deixaram pelo menos 80 mortos e cerca de 11.000 deslocados nesta região repleta de cultivos de entorpecentes e conhecida como Catatumbo.

E no departamento de Bolívar (norte), os confrontos entre o ELN e a quadrilha de traficantes Clã do Golfo deixaram nove mortos, informaram as autoridades na sexta-feira.

A violência deixa em xeque a aposta de paz do governo do presidente Petro com todos os grupos armados da Colômbia.

Desde que chegou ao poder, em 2022, ele aposta em uma saída negociada para seis décadas de conflito armado interno, mas pena para chegar a acordos concretos com as guerrilhas, gangues e quadrilhas de narcotraficantes.

Seus opositores o criticam por ser indulgente com os insurgentes e asseguram que as organizações se fortaleceram durante seu mandato.

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