A ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresentou a conferência "A relevância das ciências sociais e humanas na reconstrução científica da saúde brasileira", na manhã desta quarta-feira (1°), na Concha Acústica Paulo Freire, localizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zona Oeste do Recife. 

A palestra abriu a programação científica do 9° Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CSHS), realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) em parceria com a UFPE e o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco). 

Durante a conferência, a ministra apresentou os desafios na saúde pública. Ela elencou oito tópicos: demográfico; enfrentamento às desigualdades (classe, gênero, étnico-racial); Ciência, Tecnologia, Inovação como matriz de desigualdades; ambiental; impacto das novas tecnologias de informação e comunicação; mudanças no mundo do trabalho; Pesquisa em Saúde; e democrático. 

Entre as prioridades da agenda do Ministério da Saúde para reconstrução crítica da saúde, Trindade pontuou a ampliação e fortalecimento da Atenção Primária; expansão e fortalecimento da Atenção Especializada; preparação para futuras emergências; investimento e ampliação do Complexo Industrial da Saúde; e expansão da saúde digital. 

De acordo com a ministra, o Ministério da Saúde está participando não só com a sua presença, mas com os secretários e equipes da pasta. Com isso, está sendo feita uma construção coletiva com várias redes de pesquisa da Abrasco e com movimentos sociais. 

“Eu acho que o congresso promove esse encontro, é uma hora de fazer um mergulho de pensar essas questões e para o Ministério da Saúde é fonte de troca, de conhecimento e de reforço de laços. E para mim como socióloga que sou, é um momento especial, uma vez que eu já fui membro da Comissão de Ciência Sociais e Humanas em Saúde da Abrasco e agora estou numa posição de governo, portanto, de buscar realizar muitas das agendas que há tantos anos a área busca construir”, afirmou. 

Estavam presentes no evento a secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti (representando a governadora Raquel Lyra); a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque (representando o prefeito João Campos); o reitor da UFPE, Alfredo Gomes; o superintendente do Hospital das Clínicas da UFPE, Filipe Carrilho; o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto e a superintendente geral do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), Tereza Campos; entre outras autoridades. 

Com o tema "Emancipação e Saúde: decolonialidade, reparação e reconstrução crítica", o encontro reúne cerca de 2.500 pesquisadores, discentes, docentes, representantes de movimentos sociais, gestores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) para discutir temáticas importantes para a Saúde Coletiva a partir da interlocução com as Ciências Sociais e Humanas. A programação segue até sexta-feira (3).

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