EUA

Comandante dos EUA renuncia em meio a bloqueios no Senado por medida sobre aborto

James McConville deixa um dos braços das Forças Armadas sem comando

General James McConvilleGeneral James McConville - Foto: Nicholas Kamma/AFP

O chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, general James McConville, renunciou nesta sexta-feira (4), deixando um dos braços das Forças Armadas sem comando, devido ao congelamento de nomeações militares liderado por um senador republicano em protesto contra os esforços do Pentágono para facilitar o acesso ao aborto.

Mais de 300 nomeações foram bloqueadas no Senado americano, por várias semanas, por Tommy Tuberville, um legislador do estado do Alabama, que está protestando contra a iniciativa do Departamento da Defesa.

"Infelizmente, pela primeira vez na história do Departamento da Defesa, dois dos nossos serviços estão operando sem um chefe aprovado pelo Senado", lamentou o secretário da Defesa, Lloyd Austin, nesta sexta-feira, na cerimônia de despedida do general James McConville de seu cargo de chefe do Estado-Maior da arma terrestre.

O posto de McConville será assumido pelo general Randy George, atual vice-chefe do Estado-Maior e que desempenhará ambas as funções para assegurar a gestão interna até sua nomeação oficial.

"Essa incapacidade de nomear os líderes das nossas armas prejudica o estado da nossa prontidão militar", disse Austin.

O Senado pode anular o bloqueio, votando cada indicação individualmente, mas esse processo leva muito mais tempo do que o procedimento usual de aprovar indicações por unanimidade, sem votação.

Tuberville exige que o Pentágono encerre sua política de assistência financeira a soldados que devem viajar para fazer um aborto, depois que vários estados aboliram o direito à prática após uma polêmica decisão da Suprema Corte no ano passado.

O conhecido Corpo de Fuzileiros Navais - Infantaria de Marinha - também está sem um comandante confirmado pelo Senado desde 10 de julho. A situação pode piorar, já que outros militares americanos de alta patente se preparam para deixar seus postos, incluindo o chefe de Operações Navais e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

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