Israel

Combatentes do Hamas invadem 22 cidades de Israel e fazem reféns, diz porta-voz militar

Segundo a mídia local, ao menos 150 mortos foram confirmados após o ataque surpresa no começo deste sábado

Tel Aviv, depois de ter sido atingida por um foguete disparado por militantes palestinos, 7 de outubro de 2023.Tel Aviv, depois de ter sido atingida por um foguete disparado por militantes palestinos, 7 de outubro de 2023. - Foto: AFP/Jack Guez

Os combatentes do grupo palestino Hamas, que iniciou uma ofensiva surpresa contra Israel neste sábado (07), invadiram ao menos 22 cidades israelenses e tomaram soldados e civis como reféns, afirma o principal porta-voz militar do país, o contra-almirante Daniel Hagari.

Segundo Hagari, os militantes permanecem nos locais. Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Exército de Israel, Richard Hecht, acrescentou que são “centenas” de combatentes do Hamas que se infiltraram no país e continuam a enfrentar as tropas israelenses.

Moradores de cidades fronteiriças disseram a emissoras de televisão que homens armados estavam se movendo de porta em porta, procurando civis. Tanto o Hamas, quanto a Jihad Islâmica, outro grupo militante em Gaza, emitiram declarações confirmando manter israelenses como reféns.

Além da fala do almirante Hagari, um vídeo cuja veracidade foi confirmada pelo New York Times parece mostrar diversos moradores do país sendo levados por combatentes do Hamas no kibutz Be'eri, pouco menos de 5 km a sudeste da fronteira com Gaza, no Sul de Israel. Na filmagem, pelo menos cinco pessoas com as mãos atrás das costas estão sendo levadas em uma estrada por homens armados a pé e em motocicletas.

Relatos de meios de comunicação israelenses sugerem que até 50 reféns estavam sendo mantidos em um refeitório em Be'eri. Segundo o almirante Hagari, o kibutz é um dos dois locais dentro de Israel com situações de reféns em andamento.

Um vídeo postado no Telegram neste sábado, que também foi verificado pelo New York Times, mostrou militantes armados agachados e assumindo posições fora de prédios em Be'eri. Algumas pessoas também publicaram apelos nas redes sociais pedindo ajuda para localizar amigos e parentes do local e das áreas vizinhas, que estão desaparecidos desde a manhã de sábado, horário local.

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Além disso, um alto funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) e um diplomata familiarizado com o assunto disseram que a ONU confirma a presença de reféns civis e militares israelenses dentro da Faixa de Gaza. Em comunicado publicado no Telegram, Abu Obeida, porta-voz da ala armada do Hamas, afirmou que o grupo militante havia escondido “dezenas de reféns” em “lugares seguros e túneis de resistência”.

No passado, o governo israelense já pagou um alto preço pelo retorno de seus cidadãos ou dos restos mortais de soldados em acordos de troca de prisioneiros. Em 2006, militantes do Hamas tomaram o soldado israelense Gilad Shalit como refém e o mantiveram em cativeiro por cinco anos até ser trocado por mais de mil prisioneiros palestinos que estavam em Israel – muitos condenados por ataques terroristas letais.

O grupo também mantém os restos mortais de dois soldados israelenses mortos na guerra de 2014. Presume-se que outros dois cidadãos israelenses que atravessaram a pé para Gaza, e foram levados pelo Hamas, estejam vivos e continuem em cativeiro.

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