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Combates entre exército e jihadistas deixam mais de 200 mortos no norte da Síria

Cerca de 20 civis também estão entre os mortos, sendo que 19 deles morreram nesta quinta-feira em bombardeios da aviação russa

Combatentes fazem uma pausa na batalha em Atareb, na parte ocidental da província de Aleppo, no norte da Síria.Combatentes fazem uma pausa na batalha em Atareb, na parte ocidental da província de Aleppo, no norte da Síria. - Foto: Aaref Watad / AFP

Mais de 200 soldados e milicianos jihadistas, assim como cerca de 20 civis, morreram desde quarta-feira devido aos intensos combates na província síria de Aleppo, no norte do país, segundo um novo balanço divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

O balanço aumentou "para 182 (combatentes) mortos, incluindo 102 da formação jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS)", 19 de facções aliadas "e 61 das forças do regime e grupos aliados", informou o OSDH.

Cerca de 20 civis também estão entre os mortos, sendo que 19 deles morreram nesta quinta-feira em bombardeios da aviação russa, aliada do regime sírio, acrescentou o OSDH, especificando que um civil havia sido morto pelos bombardeios do exército sírio na véspera.

O balanço anterior dos combates era de mais de 130 mortos.

O Ministério da Defesa sírio indicou que bloqueou "um grande ataque" que ainda está em andamento.

O HTS, antiga ramificação síria da rede Al-Qaeda, lançou um ataque junto com facções aliadas, segundo o Observatório, que tem sede no Reino Unido e uma ampla rede de informantes na Síria.

O grupo jihadista controla o último reduto rebelde do país, no noroeste, incluindo grande parte de Idlib e algumas áreas das províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia.

Um correspondente da AFP relatou intensos confrontos ao leste da cidade de Idlib desde a manhã de quarta-feira, incluindo ataques aéreos.

Em um comunicado, o Ministério da Defesa sírio indicou que os jihadistas do HTS e seus aliados lançaram na manhã de quarta-feira "um ataque de grande envergadura".

O exército, "em cooperação com forças amigas", enfrentou os jihadistas, mas o ataque "ainda continua", diz o comunicado, acrescentando que as tropas do regime impuseram "grandes perdas" aos grupos armados.

O regime sírio de Bashar al-Assad, com o apoio de forças russas e iranianas, recuperou o controle de grande parte do país, que está em guerra desde 2011. O conflito já deixou mais de meio milhão de mortos e milhões de deslocados.

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