Combates no Sudão deixam ao menos 16 civis mortos
Mohamed Mansur, morador de Ombada, disse à AFP que "ajudou a remover oito corpos" dos escombros de uma casa
Ataques aéreos e fogo de artilharia mataram pelo menos 16 civis em Cartum nesta terça-feira (25), disse uma organização de cidadãos, em meio a novos confrontos entre o Exército e paramilitares no Sudão, que se enfrentam há mais de 100 dias.
Os combates, que começaram em 15 de abril entre o Exército, liderado pelo general Abdel Fatah al Burhan, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), sob o comando do general Mohamed Hamdan Daglo, causaram mais de 3.900 mortos, segundo balanço da ONG Armed Conflict Location & Event Data Project (Acled), e 3,3 milhões de deslocados e refugiados, segundo a ONU.
"Dezesseis cidadãos morreram hoje nesta guerra sem sentido", mortos por disparos que também atingiram casas no bairro de Ombada, no noroeste de Cartum, segundo o comitê de resistência deste bairro. O comitê é um dos grupos de cidadãos que defendem a democracia, formado para organizar a ajuda mútua entre a população.
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Mohamed Mansur, morador de Ombada, disse à AFP que "ajudou a remover oito corpos" dos escombros de uma casa. "Quatro pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas na casa ao lado", segundo outro morador, Hagar Yussef.
A maior parte dos combates está concentrada em bairros densamente povoados da capital, onde moradores relataram nesta terça-feira um ataque das FAR ao depósito de munição do Exército no sul da cidade.