Começa última etapa do julgamento contra Kirchner na Argentina, antes do veredicto
O julgamento foi retomado nesta segunda-feira (5) com o início das alegações finais das defesas
O julgamento por suposta corrupção contra a vice-presidente e ex-presidente argentina Cristina Kirchner e outras 12 pessoas foi retomado nesta segunda-feira (5) com o início das alegações finais das defesas, última etapa do processo antes do anúncio do veredicto.
Kirchner, de 69 anos, é acusada de liderar uma associação criminosa que fraudou o Estado na licitação de 51 obras públicas na província de Santa Cruz (sul) quando era presidente (2007-2015).
Ainda sob o choque do atentado do qual Kirchner saiu ilesa na semana passada, o tribunal configurou nesta segunda-feira a audiência das alegações da defesa do ex-responsável por rodovias da província de Santa Cruz, Héctor Garro, o primeiro a depor nesta etapa que segue uma ordem alfabética. Seu defensor argumentou que as acusações contra Garro contêm "falhas lógicas e saltos de raciocínio".
Estima-se que as alegações finais da defesa da ex-presidente será apresentada no final de setembro e que o veredicto será pronunciado antes do final do ano.
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O Ministério Público pediu uma sentença de 12 anos de prisão para ela e inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos.
O julgamento investiga supostas manobras na adjudicação e execução de obras públicas em Santa Cruz em favor do empresário Lázaro Báez entre 2003 e 2015, período que abrange também o governo do falecido Néstor Kirchner.
Cada acusado tem três audiências para expor seus argumentos, embora alguns já tenham afirmado que usarão apenas uma.
Os defensores, como no caso de Garro, podem comparecer pessoalmente nesta etapa do julgamento, que é acompanhado de forma híbrida nos tribunais da capital argentina.
O julgamento é retomado quatro dias depois que Kirchner foi atacada, na última quinta-feira (1°), por um homem que tentou disparar uma pistola a poucos centímetros de seu rosto, mas sem conseguir realizar o disparo.
O agressor, Fernando Sabag Montiel, de 35 anos e de nacionalidade brasileira, se infiltrou entre os partidários de Kirchner, que desde que o Ministério Público pediu que ela fosse condenada, se manifestavam diariamente em seu apoio em frente à sua casa em Buenos Aires.
Sabag Montiel foi preso no local e no domingo sua namorada também foi presa.