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E AÍ?

Comida com mofo: posso tirar a parte com bolor e comer o resto ou tudo deve ser descartado? Saiba

Nutricionista diz que a textura, o gosto, a aparência e o prazo de validade devem ser levados em consideração em alguns casos

Comidas que apresentem mofo ou fungo não devem ser consumidas por pessoas de grupos vulneráveisComidas que apresentem mofo ou fungo não devem ser consumidas por pessoas de grupos vulneráveis - Foto: Reprodução/Pixabay

Quem nunca passou pela cena de ir até a cesta de pão e ver que apenas uma ponta dele está mofada, ou que uma fatia está com o característico bolor verde. Você tira aquela parte e come ou joga tudo fora? O certo, segundo especialistas, é jogar tudo fora.

Seja pães, frutas, legumes, e até certos tipos de queijo. Quando o mofo surge e conseguimos visualizá-lo quer dizer que há uma quantidade muito grande de fungos ali naquela região, mas que eles já se espalharam para toda a extensão do alimento.

— Pão de forma, por exemplo, as pessoas acreditam que apenas uma fatia mofa. Joga aquela fora e come o resto, mas os fungos já se espalharam por todas as fatias, a gente só não consegue enxergá-los. É importante sempre olhar a data de validade, e mesmo assim, se tiver no prazo, mas surgir mofo, joga fora. É horrível dizer isso, mas é necessário — explica a nutricionista e colunista do Globo, Priscilla Primi.

O mesmo acontece com bolo, biscoito e alguns alimentos dentro da geladeira, como pudim, geleia e molho de tomate.

Com as frutas, é um pouco diferente por conta do tamanho. A especialista afirma que, se o mofo surgir em um mamão formosa, por exemplo, e for algo pequeno ou em uma região específica, devemos cortar a parte mofada, abrir a fruta e ver se por dentro dela está com boa aparência e sem bolor. Se a resposta for positiva, a fruta está apta a ser consumida.

Mamão formosaMamão - Foto: Freepik

O mesmo não acontece com frutas menores, como o morango, laranja e mexerica. Nestes casos não é possível saber se o mofo já atingiu completamente a fruta ou apenas naquela região específica.

No caso dos queijos é um pouco mais complicado, visto que tem queijos que o mofo e o bolor fazem parte e concede o gosto característico dos queijos, como é o caso do gorgonzola.

A nutricionista, entretanto, afirma que eles têm um prazo de validade e comê-los fora desse prazo é um risco e perigo muito grande, por isso, a primeira sugestão é sempre seguir o prazo relatado no rótulo.

Outra sugestão é sempre olhar a aparência e textura dos queijos.

— Aqueles mais frescos e que são armazenados na geladeira, geralmente costumam adquirir uma coloração meio esverdeada e ficam com uma gosma na parte superior deles. Além disso, podem ter um cheiro mais forte e um gosto azedo. Neste caso eles precisam ser descartados imediatamente — diz Primi.

Queijos armazenados fora da geladeira costumam ficar com o gosto estranho e azedo. Segundo a especialista, é necessário proteger esses queijos e ficar de olho na validade deles.

— O que é mais seguro de se fazer nestes casos para evitar a contaminação é manter a maioria desses produtos na geladeira ou congelados. Conseguimos frear essa proliferação de microrganismo e bolor. O pão de fermentação natural, por exemplo, que adquiri mofo mais rápido, pode ser fatiado e colocado no congelador. Ao usá-lo, esquentar na air fryer ou na torradeira e comê-lo aos poucos — explica Primi.

A nutricionista dá outra dica para alguns produtos, como molho de tomate.

— Abriu e não usou tudo? Transporta o restante para outro vidro e cobre com uma fina camada de azeite. Ele vai servir como um pote hermético tirando todo o oxigênio e não tem como o bolor se proliferar — diz.

Geleias, manteiga, queijos e outros produtos realmente precisam ser consumidos de forma rápida e dentro do prazo de validade. Quanto aos pães, também não deixar em temperatura ambiente por muito tempo. A sugestão é comprar os alimentos em quantidades menores para não ter desperdício.

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