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EUA

Comissão que investiga invasão ao Capitólio intima quatro gigantes das redes sociais

O comitê que investiga a invasão intimou nesta quinta-feira (13) YouTube, Facebook, Twitter e Reddit para detalharem o uso das redes no ataque

Representantes dessas três redes sociais, muito populares entre os mais jovens, tentaram mostrar aos senadores americanos que suas plataformas são melhores do que o Facebook na questão de segurança de crianças e adolescentes em seus domíniosRepresentantes dessas três redes sociais, muito populares entre os mais jovens, tentaram mostrar aos senadores americanos que suas plataformas são melhores do que o Facebook na questão de segurança de crianças e adolescentes em seus domínios - Foto: Pixabay

O comitê do Congresso que investiga a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 intimou nesta quinta-feira (13) YouTube, Facebook, Twitter e Reddit para pedir-lhes registros que detalhem o uso das redes sociais no ataque.

Foram enviadas intimações à matriz do YouTube, Alphabet (Google); à matriz do Facebook, Meta; e outros dois, em busca de registros que pudessem ajudar a explicar "como a difusão de desinformação e o extremismo violento contribuíram para o ataque violento contra a nossa democracia", confirmou Bennie Thompson, presidente do comitê que investiga o ataque.

O comitê que deve estabelecer a responsabilidade de Donald Trump e seus apoiadores no ataque ao Capitólio afirmou ter convocado as gigantes das redes sociais devido a "respostas insuficientes" em pedidos anteriores de cooperação.

Os investigadores estão especialmente interessados em dois temas: como a difusão de informação falsa contribuiu para o ataque e que medidas as redes sociais tomaram, se é que tomaram, para evitar que suas plataformas se tornassem centros de fomentação da radicalização.

"É decepcionante que, após meses de trabalho, ainda não tenhamos os documentos e a informação necessários para responder a estas perguntas fundamentais", lamentou Thompson.

O Twitter, antiga rede social favorita do ex-presidente, interessa aos investigadores porque alguns usuário supostamente estiveram em contato por meio da plataforma "para planejar e executar o ataque ao Capitólio".

Os investigadores dizem que a rede social foi notificada do risco de violência antes de 6 de janeiro.

O YouTube está na mira do comitê devido aos vídeos que os manifestantes supostamente transmitiram ao vivo na plataforma durante o ataque.

"Não podemos permitir que nosso importante trabalho seja adiado por mais tempo", insistiu Thompson, pedindo que as redes sociais cooperem.

E o tempo é curto: o comitê quer a todo custo publicar suas conclusões antes das eleições de meio de mandato, em novembro de 2022, porque se os democratas perderem o controle da Câmara nas eleições há o risco de os republicanos dissolverem a Comissão.

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