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Coronavírus

Pernambuco avalia estoque para definir sequência da vacinação de adolescentes

Mais de 185 mil adolescentes já receberam a primeira dose no Estado, 17% da população do grupo

Vacina da Pfizer contra a Covid-19Vacina da Pfizer contra a Covid-19 - Foto: Miva Filho/SES-PE

O Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação de Pernambuco se reúne, nesta sexta-feira (17), para definir os próximos passos da vacinação contra a Covid-19 de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades no Estado. O principal tema do encontro será a avaliação do estoque de imunizantes.

A reunião ocorre após o Ministério da Saúde recomendar a suspensão da imunização desse grupo, alegando justificativas como a não indicação da Organização Mundial da Saúde para a vacinação de adolescentes (algo incorreto, já que a entidade pede prioridade para grupos mais vulneráveis que ainda não receberam a vacina no mundo) e o registro de poucos ou leves sintomas em adolescentes que contraem a Covid-19.


A princípio, o Estado segue com a vacinação desse grupo - até quinta-feira (16), 185.137 adolescentes receberam a primeira dose em Pernambuco, o que corresponde a 17,03% da população estimada em 1.087.269 pessoas de 12 a 17 anos. 

De acordo com o representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no comitê estadual, Eduardo Jorge da Fonseca, em fala à reportagem, será analisado o estoque do Estado para definir a continuidade ou não da vacinação de adolescentes saudáveis.

“Vamos discutir qual a posição de Pernambuco sobre a manutenção ou não da vacinação de adolescentes saudáveis. Precisamos saber qual o quantitativo real, qual a estimativa que o Estado tem e vai receber para poder tomar uma decisão racional e técnica baseada em evidências e não emocional”, afirmou Eduardo Jorge após citar que “discorda completamente” da recomendação de suspensão por parte do Ministério da Saúde. “Temos plena convicção que a vacina é importante para adolescentes, é segura. A Anvisa reforçou isso e todos os países que fazem”, completou.

“Não é uma questão de segurança e de dúvida da importância, agora é uma questão de quantitativo e vacina, temos que ser responsáveis porque entre vacinar adolescente saudável e fazer reforço de quem fez CoronaVac em fevereiro e março, não tenho dúvidas que é muito mais importante esse reforço em idoso”, alertou Eduardo Jorge.

O médico ainda afirmou que o Estado não irá deixar de aplicar a segunda dose da vacina nos adolescentes que já tomaram a primeira. “Não temos a menor dúvida de que vamos vacinar com a segunda dose. A gente não ia fazer essa loucura, essa falta de responsabilidade, quem tomou a primeira dose pode ter certeza que irá tomar a segunda”, finalizou.

Vale ressaltar que a única vacina em uso no Brasil aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para administração em adolescentes de 12 a 17 anos é a fabricada pela Pfizer/BioNTech. As demais - AstraZeneca/Oxford, CoronaVac/Butantan e Janssen - não podem ser aplicadas no grupo.

Participam da reunião, além do representante da SBIm no comitê, o secretário estadual de Saúde, André Longo, e nomes vinculados à Secretaria Estadual de Saúde, ao Ministério da Saúde, ao Instituto Aggeu Magalhães e ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz. 
 

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