Comitê científico do Rio decidirá sobre fim do uso obrigatório de máscaras e de outras restrições
Junta de especialistas que assessora a prefeitura também discutirá o estabelecimento de uma meta de cobertura vacinal da dose de reforço para a queda do 'passaporte da vacina'
O Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), junta de especialistas que assessora a prefeitura do Rio, discutirá na próxima segunda-feira a queda de todas as medidas de proteção contra o coronavírus em vigor. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, os cientistas vão bater o martelo sobre o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras e avaliar o estabelecimento de uma meta de cobertura vacinal da dose de reforço para o fim do “passaporte da vacina”.
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A revisão do protocolo do uso de proteção facial foi debatida no último encontro do grupo, que preferiu, contudo, adiar a discussão para meados de março, para observar se os indicadores da pandemia se manteriam em nível baixo. A nova reunião dos especialistas estava marcada para o próximo dia 14, mas foi adiantada para o dia 7 a pedido do prefeito Eduardo Paes. Até lá, contudo, as máscaras seguem obrigatórias em locais fechados.
— Com a redução do número de casos de Covid e do número de solicitações de novas internações hospitalares, o prefeito solicitou que a gente antecipasse essa discussão — disse Soranz. — Estamos discutindo a desobrigação do uso de máscara inclusive com a Secretaria de Estado de Saúde, para que a mudança aconteça de maneira coordenada.
Segundo o secretário, a Covid-19 representa menos de 1% das hospitalizações na cidade atualmente, e a taxa de positividade dos testes está em 3,9%:
— A cobertura vacinal fez toda diferença. E a gente teve um 2021 muito duro, muito pesado. É claro que a gente quer ter um 2022 muito mais próximo da normalidade.
Ainda de acordo com Soranz, o CEEC estabelecerá um nível de cobertura vacinal da dose de reforço suficiente para que a cobrança do comprovante de imunização contra a Covid-19 seja dispensada.
— Estamos discutindo um patamar para a desobrigação também do “passaporte da vacina”, que pode ficar em torno de 70 a 80% das pessoas com a dose de reforço. Mas isso ainda vai ser avaliado na reunião do comitê — acrescenta.