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GRANDE RECIFE

Comitê protesta no Centro do Recife contra reajuste das passagens de ônibus do Grande Recife

Manifestação acontece enquanto o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) está reunido para definir sobre as propostas de reajuste

Ato ocorre no Terminal do Cais de Santa RitaAto ocorre no Terminal do Cais de Santa Rita - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Uma manifestação é realizada no Centro do Recife contra o reajuste do valor das passagens de ônibus e a dupla função no transporte público do Grande Recife.

Organizado pelo Comitê Unificado de Luta pelo Transporte Público, a manifestação acontece enquanto o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) se reúne para definir sobre as propostas de reajuste no preço das passagens.

 

O ato foi concentrado no Cais de Santa Rita e seguiu para o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. O grupo está com carro de som e com panfletos para poder dialogar com a população.

“A gente acredita que não se pode jogar o custo em cima da classe trabalhadora. Somos contra todo e qualquer aumento no valor e da dupla função dos motoristas. O que queremos é avançar em políticas de melhoria para o transporte público”, disse Victor Hugo Cavalcanti, coordenador do comitê unificado, rede integrada por mais de 20 movimentos, organizações sociais, sindicatos e coletivos. 

Desempregado, o autônomo Josenildo da Silva, de 51 anos, disse que o bolso vai sentir demais se houver reajuste. “Esse aumento é um absurdo, principalmente nessa situação de desemprego. Já temos muitos aumentos com gás, comida, energia, e ainda tem passagem cara”, lamentou seu Josenildo.

Para o comitê, o aumento da tarifa é inviável, pois a proposta acima do IPCA ficaria insustentável. “Além disso, não significa que os aumentos vão gerar melhores serviços para a população. Se o preço da passagem sobe, menos usuários podem pagar pelo serviço”, defendeu Cavalcanti.

A dupla função de motoristas também prejudica a categoria dos rodoviários, que engloba cobrador e motorista. Segundo o comitê, muitos cobradores foram demitidos. Um motorista que preferiu não se identificar disse que o aumento das passagens não beneficia os trabalhadores, apenas as próprias empresas de ônibus.

“É difícil dirigir e cobrar, mas ou a gente aceita ou fica desempregado. A sensação que temos é como se a gente estivesse ocupando a vaga dos cobradores, uma sensação bem ruim, ficamos tristes”, lamentou o motorista.

Reajuste
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) defende um aumento de 22,67%, o que faria a tarifa do Anel A subir dos atuais R$ 3,75 para R$ 4,60; a do Anel B, de R$ 5,10 para R$ 6,25; e a do Anel G, de R$ 2,45 para R$ 3

O Grande Recife Consórcio de Transporte propõe um incremento de 9,69%. Dessa forma, os valores passariam a R$ 4,1080 (Anel A) e R$ 5,6159 (Anel B), que, caso aprovados, podem ser arredondados para um centavo a mais ou a menos. O “horário social”, com desconto de R$ 1 fora das horas de pico, seria mantido.

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