RIO GRANDE DO SUL

Como está o cavalo Caramelo? Universidade acompanha animal

Na segunda-feira, 13, ele passou por novos exames no Hospital Veterinário da Ulbra. Abaixo do peso, precisa recuperar cerca de 50 quilos

Égua Caramelo ficou quatro dias ilhada sobre um telhado antes de ser resgatada Égua Caramelo ficou quatro dias ilhada sobre um telhado antes de ser resgatada  - Foto: Corpo Bombeiros RS/Divulgação

Em meio aos resgates dramáticos de pessoas e animais, vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul, o resgate do cavalo Caramelo comoveu todo o País. Neste momento, o animal está se recuperando no Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na cidade de Canoas, para onde foi transportado pela cavalaria da Brigada Militar na última quinta-feira, 9, após ser resgatado de cima de um telhado de uma casa no bairro Mathias Velho, no mesmo município, após ficar cinco dias ilhado

No resgate, feito com a ajuda do Exército e de bombeiros de São Paulo, o animal de 350 quilos foi sedado e colocado deitado dentro de um bote em segurança. Veterinários também foram mobilizados para acompanhar a realização do trabalho. O cavalo segue em tratamento.

Na segunda-feira, 13, ele passou por novos exames no Hospital Veterinário da Ulbra. Abaixo do peso, precisa recuperar cerca de 50 quilos.

Segundo o médico veterinário Henrique Mondardo Cardoso, que tem acompanhado o tratamento de Caramelo desde sua chegada, o estado de saúde do animal segue evoluindo muito bem.

"Nesta segunda-feira, a equipe médica afirmou que todos os parâmetros estão dentro da normalidade, e que novos exames de sangue foram realizados para seguir monitorando o caso. Ele só tem algumas alterações leves, que remetem à inflamação, bem esperadas para o quadro dele", afirmou o veterinário, por meio de comunicado da Ulbra.

Já no fim de semana, Caramelo começou a apresentar evolução. Na manhã de sábado, 11, o Hospital Veterinário da Ulbra havia divulgado um boletim médico informando que o cavalo "teve uma noite de descanso e comeu todo o 'café da manhã'". Ele seria mantido apenas em observação, sem a administração de medicação.

Ainda de acordo com a Ulbra, em razão do tempo em que ficou com os movimentos restritos, o cavalo desenvolveu algumas lesões na pele e nos músculos e sua pata traseira direita foi lesionada, mas segue evoluindo bem.

Segundo a professora do curso de Medicina Veterinária da Ulbra Mariângela Allgayer, que atuou no socorro ao animal desde a chegada dele, Caramelo também tem lesões que foram causadas pelo seu passado, provavelmente, de puxar carroça, evidenciado por uma marca em sua face que expõe o excesso de tempo com arreio.

"Agora, entre a rotina de cuidados dos médicos veterinários e os passeios próximos às baias dos animais de grande porte, a ideia é proporcionar um futuro melhor para Caramelo e fazer com que ele recupere os cerca de 50 kg abaixo do peso ideal", disse a Ulbra.

A universidade afirma ainda que manterá o animal em suas instalações até que alguém comprove ser o seu dono, pois dispõe de uma estrutura completa para o seu bem-estar, além da fazenda-escola com dezenas de hectares. Em breve, serão repassadas novas informações sobre a evolução do cavalo Caramelo


 

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