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Terremoto

Como se mede a magnitude de um terremoto? Entenda a escala Richter

Sistema mede a força do terremoto com base em alguns índices captados por aparelhos chamados sismógrafos

Equipes de resgate vasculham os escombros de edifícios em busca de vítimas e sobreviventes na vila de Azmarin, na província de Idlib, no noroeste da Síria, controlada pelos rebeldes, na fronteira com a Turquia, após um terremoto, em 7 de fevereiro de 2023Equipes de resgate vasculham os escombros de edifícios em busca de vítimas e sobreviventes na vila de Azmarin, na província de Idlib, no noroeste da Síria, controlada pelos rebeldes, na fronteira com a Turquia, após um terremoto, em 7 de fevereiro de 2023 - Foto: Omar Haj Kadour / AFP

A escala Richter é um sistema criado por dois americanos, há cerca de 80 anos para medir os movimentos sísmicos na Califórnia, nos Estados Unidos.

Em 1935, Charles Richter, juntamente com seu colega Bueno Gutemberg, desenvolveu o sistema que mede a potência de um tremor em um determinado lugar.

Na época, Charles trabalhava no Instituto de Tecnologia da Califórnia e analisou cerca de 200 terremotos para reunir dados suficientes para construir a escala.

Na segunda-feira (6), um grande terremoto devastou a Turquia e a Síria, com magnitude de 7.8 e saldo de mais de 11 mil mortes, segundo os dados mais recentes. Em Caruaru, na madrugada desta quarta-feira (8), houve um tremor de terra de 2.2 graus.

A escala Richter é pontuada de um a nove, mas não há um "limite" para a graduação e terremotos acima de 9 já foram registrados no planeta. Cada grau corresponde a ondas dez vezes mais “fortes”, a uma potência 30 vezes superior. Assim, por exemplo, um terremoto de grau 9,0 na escala Richter é 900 vezes mais potente que um tremor de grau 7,0.

O sistema mede a força do terremoto com base em alguns índices captados por aparelhos chamados sismógrafos, que detectam movimentos no solo. Os principais são: a duração e a amplitude horizontal do abalo. Quanto maior o grau do abalo sísmico na escala, mais intenso e potencialmente destrutivo ele é.

Um terremoto de menos de 3,5 graus é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre 3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem construídos, mas pode causar maiores danos em outros.

Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km. Um entre sete e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície.

Os terremotos acima de 8,0 podem provocar grandes danos em regiões localizadas a várias centenas de quilômetros do epicentro.

Uma potência maior não necessariamente implica maior mortalidade. Fatores como infraestrutura da área atingida e densidade populacional da região também contam. Em 2010, um terremoto de 7 graus abalou o Haiti e matou cerca de 300 mil pessoas, sendo considerado o mais mortal já registrado.

Existe também outro fator que amplia a destruição de um terremoto. Basicamente é a profundidade do hipocentro (local no interior da crosta terrestre onde ocorre a atividade sísmica) do terremoto e a distância dele para o epicentro (ponto na superfície onde o abalo é mais forte). Terremotos muito profundos tendem a ser menos destrutivos.

Nos últimos anos, sismógrafos passaram a adotar outras escalas, como a Escala de magnitude de momento, que corrige algumas falhas da Richter e funciona melhor com sismógrafos mais modernos.

Os terremotos mais potentes já registrados

1º) Chile, em 22 de maio de 1960
Magnitude: 9,5
1,6 mil mortos e 3 mil feridos
Tsunami posterior matou 61 no Havaí, 138 no Japão e 32 nas Filipinas

2º) Alasca/EUA, em 28 de março de 1964
Magnitude: 9,2
131 mortos

3º) Sumatra/Indonésia, em 26 de dezembro de 2004
Magnitude: 9,1
230 mil mortos e 1,7 milhão de desabrigados

4º) Honshu/Japão, em 11 de março de 2011
Magnitude: 9,0
15,7 mil pessoas mortas, além de 4,6 mil dadas como desaparecidas e 5,3 mil feridas

5º) Kamchatka/Rússia, em 4 de novembro de 1952
Magnitude: 9,0
Não houve registro de mortes, principalmente pelo fato de ter ocorrido em uma região pouco povoada

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