Condenada por assassinato de marido, autora de "Como matar seu marido" pega prisão perpétua
No mês passado, um júri havia considerado a mulher culpada pelo crime, ocorrido em 2018
A americana Nancy Crampton Brophy, de 71 anos, foi condenada à prisão perpétua pelo assassinato de seu próprio marido, nesta segunda-feira (13). O caso, que ocorreu em 2018, chamou a atenção por Nancy ser autora de um livro cujo título é justamente "Como matar seu marido". No mês passado, um júri havia considerado a mulher culpada pelo crime.
Nancy havia sido presa em setembro de 2018, três meses após o corpo de Daniel Brophy, um chef com quem foi casada por 27 anos, ter sido encontrado em uma cozinha do Instituto de Culinária do Oregon, onde ele dava aulas.
O julgamento da mulher acabou adiado por conta da pandemia da Covid-19. Segundo a acusação, Nancy "causou intencionalmente a morte do marido" ao atingi-lo com as balas disparadas de uma pistola 9mm, no dia 2 de junho de 2018.
O juiz Christopher Ramras decidiu que o conteúdo de um texto publicado por Nancy na internet, chamado 'Como matar seu marido', não poderia ser utilizado como evidência durante o julgamento.
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O ensaio foi publicado em um blog em novembro de 2011, descrevendo cinco motivos para o assassinato e apontando diversas armas que sua personagem poderia escolher para matar o marido. Nancy ainda desaconselhava contratar um assassino de aluguel ou utilizar veneno para cometer o crime. “Quem quer ficar com um marido doente”, justificou.
De acordo com documentos apresentados no julgamento, gravações de câmeras de segurança mostram Nancy no estacionamento do Instituto de Culinária do Oregon momentos antes de seu marido chegar. Ela aparecia, nas mesmas filmagens, deixando o prédio minutos após Daniel Brophy entrar para dar uma de suas aulas.
As gravações desmentem os relatos iniciais apresentados pela mulher nos primeiros depoimentos dados a polícia, ainda em junho de 2018
Outros documentos apresentados durante o julgamento, segundo a Fox News, mostram que Nancy chegou a pedir aos policiais uma carta que declarasse não ser ela uma suspeita. Com o papel em mãos, ela iria tentar receber o seguro de vida de Daniel Brophy, no valor de U$ 40 mil.