Condenado por morte de George Floyd se declara inocente em outro caso de violência
Chauvin, de 45 anos, cumpre pena de 22 anos e meio de prisão pela morte de Floyd
Derek Chauvin, o ex-policial condenado pelo assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, se declarou inocente nesta quinta-feira (16) em um outro caso, no qual é acusado de agredir um adolescente negro com uma lanterna, e de ajoelhar sobre o seu pescoço.
Chauvin, de 45 anos, cumpre pena de 22 anos e meio de prisão pela morte de Floyd, um episódio que se transformou no estopim de uma onda de protestos ao longo dos EUA contra a injustiça racial e a violência policial.
No caso que está sendo apreciado agora pela Justiça, Chauvin é acusado de violar os direitos constitucionais de um rapaz de 14 anos em Minneapolis, durante uma abordagem em setembro de 2017.
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De acordo com o texto da acusação, Chauvin segurou o jovem pelo pescoço e o golpeou diversas vezes na cabeça com uma lanterna.
Além disso, a denúncia alega que o ex-policial teria ajoelhado sobre o pescoço e o tronco do rapaz, mesmo depois que este estava deitado e algemado no chão, uma manobra similar à que provocou a morte de Floyd.
Chauvin se declarou inocente das acusações apresentadas na audiência desta quinta, na qual participou por videoconferência do presídio de segurança máxima de Minnesota, onde cumpre sua sentença.
O ex-policial, que é branco, foi flagrado em vídeo durante a abordagem de Floyd, na qual ficou ajoelhado sobre o seu pescoço por quase 10 minutes, até que Floyd perdesse a consciência e parasse de respirar.
Chauvin e outros três policiais que participaram da abordagem de Floyd também se declararam inocentes no início desta semana das acusações relacionadas com o caso e apresentadas em nível federal.
Os quatro são acusados de violar os direitos constitucionais de Floyd e de não responderem às suas necessidades de atendimento médico.
O tribunal do júri levou menos de 10 horas em abril para condenar Chauvin pelo assassinato de Floyd. Os outros três policiais, por outro lado, devem enfrentar no ano que vem as acusações por seu papel na morte de Floyd.