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Confira dados e objetivos da missão Artemis à Lua

A missão está programada para segunda-feira (29); Após se aproximar da Lua, a cápsula Orion começará seu retorno

Foguete lunar da missão Artemis, da NasaFoguete lunar da missão Artemis, da Nasa - Foto: Eva Marie UZCATEGUI / AFP

A missão Artemis 1 da Nasa está programada para segunda-feira (29). A viagem não tripulada de 42 dias irá além da Lua e retornará à Terra. Seguem alguns dados e objetivos da jornada.

O gigantesco foguete Sistema de Lançamento Espacial (SLS) decolará do Centro Espacial Kennedy na Flórida. Seus quatro motores RS-25, com dois aceleradores de cado lado vão gerar um impulso 15% maior que o Saturno V do programa Apollo.

Dois minutos depois de seu lançamento, os aceleradores cairão no Atlântico. Após oito minutos, o núcleo principal do foguete se desprenderá e a cápsula Orion seguirá sua viagem. Após completar a órbita da Terra, seguirá para a Lua.

A cápsula Orion -impulsionada por um módulo de serviço construído pela Agência Espacial Europeia, foi criada para levar astronautas a bordo no futuro.

Chegar à Lua levará vários dias e sua maior aproximação será a cerca de 100 km.

A cápsula acionará seus motores para chegar a uma "órbita retrógrada distante" de 64.000 km além da Lua; uma distância recorde para uma nave capaz de conduzir pessoas.

"Distante" se refere à elevada altitude e "retrógrada" ao fato de que Orion girará em torno da Lua em sentido oposto ao que a Lua orbita a Terra.

Após se aproximar da Lua, Orion começará seu retorno.

O objetivo principal da missão é testar o escudo de calor da cápsula. Com cinco metros de diâmetro, é o maior já construído. Ao entrar na atmosfera, deverá suportar uma velocidade de 40.000 km/h e temperaturas de 2.760 graus Celsius.

Graças a vários paraquedas deve cair suavemente no Pacífico, em frente à costa de San Diego. Mergulhadores vão amarrar cabos na cápsula e rebocá-la para uma embarcação da Marinha americana.

A cápsula levará um boneco chamado "Campos", em memória ao engenheiro que evitou uma tragédia na missão Apollo 13 em 1968.

Campos contará com sensores para registrar acelerações e vibrações e estará acompanhado por outros bonecos, Helga e Zojar, feitos com materiais que imitam ossos e órgãos.

Um vestirá um colete de radiação para testar o impacto da radioatividade no espaço.

Muitas câmeras tornarão possível observar a viagem de vários ângulos, incluindo de um passageiro da cápsula.

Câmeras nos paneis solares registrarão selfies da nave com a Terra e com a Lua no fundo.

A vida imitará a arte com um dispositivo tecnológico denominado Calisto, inspirado no computador falante de Starship Enterprise.

Trata-se de uma versão melhorada da assistente de voz Alexa que será acionada para ajustar a luz da cápsula ou ler dados de voo. A ideia é facilitar a vida dos futuros astronautas.

Além de uma dezena de CubSats, satélites do tamanho de uma caixa de sapatos serão lançados do alto do foguete para tarefas como estudar asteroides, examinar o efeito da radiação em organismos vivos e procurar água na Lua.

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