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EUA e Ucrânia

Conflito na Ucrânia 'não é inevitável', diz secretário da Defesa dos EUA

"O conflito não é inevitável. Ainda há tempo e espaço para a diplomacia", afirma autoridade de segurança dos EUA

Casa BrancaCasa Branca - Foto: Karen Bleier/AFP

Um conflito na Ucrânia "não é inevitável", apesar de o presidente russo, Vladimir Putin, ter concentrado mais de 100.000 soldados na fronteira, afirmou nesta sexta-feira (28) o secretário americano da Defesa, Lloyd Austin.

"O conflito não é inevitável. Ainda há tempo e espaço para a diplomacia", afirmou Austin à imprensa no Pentágono.

"Putin também pode fazer o certo", acrescentou. "Não há nenhuma razão pela qual esta situação tenha que se tornar um conflito. Ele pode optar por uma desescalada. Pode ordenar que suas tropas se retirem".

O chefe de estado-maior americano, Mark Milley, advertiu, também nesta sexta, que um ataque em larga escala da Rússia à Ucrânia teria consequências "assustadoras"

"Podem imaginar como ficariam as áreas urbanas densas", afirmou o general Milley, prevendo "uma quantidade significativa de baixas" no caso de uma ofensiva. "Seria assustador, seria terrível".

As declarações dos dois líderes militares americanos foram dadas em um momento em que não se observam avanços importantes nos esforços diplomáticos para evitar um conflito.

Enquanto os dois oficiais do Pentágono afirmaram não acreditar que Putin tenha decidido ir para a guerra, eles também disseram que suas opções se expandiram, de provocações que poderiam levar a um ataque na região separatista de Donbass a uma tentativa de tomar todo o país com ataques a centros urbanos, como a capital, Kiev.

A Rússia condiciona uma desescalada ao fim da política de expansão da Otan para o Leste e que a Ucrânia não chegue a integrar o bloco. Além disso, exige que a Aliança Atlântica elimine a infraestrutura militar instalada nos países do Leste Europeu a partir de 1997.

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