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AMÉRICA DO SUL

Confrontos entre civis e policiais em estradas da Bolívia deixam 14 feridos e 44 detidos

Desativação de bloqueios permitiu a passagem de 60 caminhões-tanque com combustíveis e outras 2.400 unidades de carga

Confrontos entre civis e policiais em estradas da Bolívia deixam 14 feridos e 44 detidosConfrontos entre civis e policiais em estradas da Bolívia deixam 14 feridos e 44 detidos - Foto: Fernando Cartagena/AFP

Os confrontos entre camponeses ligados ao ex-presidente Evo Morales, que bloquearam múltiplas rotas na Bolívia, e os policiais que tentam reabri-las, deixaram nessa sexta-feira um saldo de 14 agentes feridos e 44 civis detidos, informou o Ministério de Governo.

- Os objetivos propostos foram alcançados (...). As forças policiais tiveram um avanço substancial, desbloqueando ao menos 12 pontos nas vias interrompidas pelos manifestantes - disse Eduardo Del Castillo em uma coletiva de imprensa.

Os confrontos mais críticos ocorreram em Parotani, uma área ao longo da rota que liga Cochabamba a La Paz, sede de governo.

Lá, foram registrados os 14 agentes feridos. Um deles sofreu ferimentos graves e passaria por cirurgia, acrescentou.

Segundo Del Castillo, nessa sexta-feira foram mobilizados mais de 1.700 policiais e 113 veículos para recuperar as vias.

Os bloqueios de estradas intensificaram a escassez de combustíveis e geraram longas filas de veículos nas cidades. Além disso, elevaram nos mercados os preços de produtos básicos.

A desativação de alguns bloqueios permitiu a passagem de 60 caminhões-tanque carregados de combustíveis e outras 2.400 unidades de carga, de acordo com dados do Ministério de Governo.

Essa foi a jornada mais violenta desde que os bloqueios de estradas começaram em 14 de outubro por parte de camponeses que exigem o "fim da perseguição judicial" contra Morales, investigado por suposto abuso de uma menor de idade quando era presidente.

Durante os dias anteriores, a instituição informou que houve outras 20 detenções.

Del Castillo ressaltou que a polícia boliviana agiu "sem usar uma única munição letal" contra os manifestantes.

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