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Ação da Prefeitura de Olinda acaba em confusão no Alto da Sé, em Olinda

Um ambulante foi agredido, enquanto fiscais do Controle Urbano tentavam ordenar o comércio no local

Alto da Sé, em OlindaAlto da Sé, em Olinda - Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

Uma ação da Prefeitura de Olinda, através do Controle Urbano, acabou em confusão, no Alto da Sé, no fim da manhã desta quarta-feira (13). 

O intuito dos profissionais do município era ordenar o comércio dos ambulantes no local. No entanto, um dos fiscais responsáveis por fazer o trabalho acabou agredindo um trabalhador que vendia água de coco na região, gerando revolta nos comerciantes e até nos turistas que circulavam no ponto turístico. Policiais militares presentes apartaram o tumulto. 

O ambulante agredido foi Amario Braz da Silva, mais conhecido como “Irmão”. À reportagem, o rapaz afirmou que trabalha na região do Sítio Histórico de Olinda há dez anos, mas nunca havia passado por situação parecida. 

Amario Braz da Silva, ambulante agredido por fiscal do Controle Urbano, em OlindaAmario Braz da Silva, ambulante agredido por fiscal do Controle Urbano, em Olinda. Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

"Já vieram me abordando de repente, falando que a minha mercadoria estava apreendida. Perguntei o motivo, mas não teve conversa nem justificativa. Fui tentar proteger o produto, me defender, mas acabaram me batendo, me empurraram e levaram minha carroça”, lamentou.  

“Foi a primeira vez que passei por esse constrangimento. É pedir a direção de Deus para saber como vou continuar,” seguiu. 

Vendedor de bebidas no Alto da Sé, Eduardo Ferrer de Melo também esteve presente no momento da confusão. Ele não escondeu o sentimento de “constrangimento” com a ação dos profissionais da prefeitura.

“Constrangimento, medo e preocupação de ser agredido e perder o material, além de ficar no prejuízo, como aconteceu com o "Irmão" do coco. Não deram espaço para ele se justificar, foi agredido de forma covarde pelas costas", relatou. 

Ainda de acordo com os ambulantes da área, as ações da Prefeitura de Olinda não são avisadas com antecedência. Ademais, comerciantes relataram já ter sido ameaçados por fiscais que passam pela localidade. 

Em nota enviada à Folha de Pernambuco, a Prefeitura de Olinda informa “que não compactua com a atitude do fiscal do Controle Urbano. A gestão irá realizar a devida apuração a respeito dos fatos e já determinou o afastamento do funcionário das atividades”.

Além disso, a gestão do Professor Lupércio afirma que “vem realizando, desde 2017, uma política de valorização dos ambulantes e feirantes, tendo realizado obras de requalificação de feiras, mercados públicos e quiosques, além de garantir parceria de linha de crédito para empreendedores, antes conhecidos como ambulantes, que atuam no Carnaval. A gestão não aceita este tipo de conduta”. 

Presidente da Associação dos Empreendedores de Pernambuco (Aepe), Lully Queiroz conta que a instituição vai procurar a Prefeitura de Olinda, nesta quinta-feira (14), no intuito de garantir os direitos dos ambulantes do município. 

“Vamos, amanhã, buscar um diálogo com o município, para buscar a integridade física, moral e as mercadorias dos trabalhadores, que buscam o sustento para dentro de casa. Desta forma, sofre a cultura, os turistas, que acabam se afastando. Vamos buscar garantir o direito dos empreendedores”, falou. 










 

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