Confusão entre advogados, promotora e juíza marca 3º dia do júri da Colisão na Tamarineira
Promotora pediu para a magistrada se conter e essa, por sua vez, determinou que a acusação fizesse silêncio
Uma grande confusão marcou o terceiro dia de julgamento de João Victor Leal no início da tarde desta quinta-feira (17), no Recife. Advogados de defesa e de acusação, promotora e magistrada discutiram acaloradamente.
João Victor é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio na colisão ocorrida no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017.
A alteração começou quando um advogado de defesa afirmou que a promotora Eliane Gaia estava fazendo ações gestuais para insinuar que o réu não estaria chorando, com lágrimas, em um momento onde se demonstrava emocionado.
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A promotora confirmou que não acreditava no choro do réu. Ambas as partes elevaram a voz, e a juíza Fernanda Moura, presidente do júri popular, interveio, pedindo que acusação e defesa fizessem silêncio.
A promotora também pediu para a magistrada se conter e essa, por sua vez, determinou que a acusação fizesse silêncio e que nenhuma das partes usasse de gestos durante o julgamento.
Relembre o caso:
Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que tinha 25 anos na época, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.
A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.
O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram.