Congressista americano filho de brasileiros é investigado por mentir sobre seu currículo
Uma investigação do jornal The New York Times colocou em dúvida os principais aspectos de sua educação e experiência profissional
O republicano George Santos, eleito para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, está sob investigação criminal após admitir ter mentido sobre boa parte de seu currículo, informou nesta quarta-feira (28) a mídia americana, citando promotores de Nova York.
A vitória de Santos, filho de imigrantes brasileiros, ajudou o Partido Republicano a garantir uma estreita maioria na Câmara ao ganhar uma cadeira por um distrito de Nova York nas eleições de meio de mandato de novembro.
Mas uma investigação do jornal The New York Times colocou em dúvida os principais aspectos de sua educação e experiência profissional revelados durante a campanha eleitoral.
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Santos reconheceu na segunda-feira em duas entrevistas diferentes que havia inventado partes significativas de seu currículo: confessou que não se formou na universidade, nem trabalhou no Citigroup Bank ou no Goldman Sachs Investment Bank, apesar de ter alegado o oposto.
"As inúmeras invenções e inconsistências associadas ao congressista eleito Santos são nada menos que impressionantes", disse a promotora do condado de Nassau, Anne Donnelly, em um comunicado divulgado por vários dos principais veículos de comunicação dos Estados Unidos.
"Os habitantes do condado de Nassau e de outras partes do 3º distrito devem ter um representante honesto e responsável no Congresso. Ninguém está acima da lei e se um crime foi cometido neste condado, iremos processar."
Santos, que derrotou o democrata Robert Zimmerman em um distrito que abrange Queens e Long Island, faz parte de uma "onda" republicana em Nova York que levou o partido a uma maioria de 222 a 212 na Câmara em Washington.
Vários democratas exigiram que o líder republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, convoque uma votação para expulsar Santos se ele não renunciar.