Congressistas dos EUA acusam aliado fiel de Trump de ter violado normas em troca de sexo e drogas
Investigadores do Congresso descobriram que o funcionário, membro do círculo íntimo de Trump, violou várias leis estaduais da Flórida (sudeste) sobre má conduta sexual
Um ex-legislador escolhido como a primeira opção de Donald Trump para chefiar o Departamento de Justiça pagou por sexo em várias ocasiões, inclusive com uma garota menor de idade, de acordo com um relatório do comitê do Congresso dos Estados Unidos divulgado nesta segunda-feira (23).
O documento de 37 páginas é o ponto culminante de uma longa investigação do Comitê de Ética da Câmara (Baixa) que destacou que Gaetz violou as regras do Congresso. Entre outras coisas, o relatório observou que o ex-legislador também usava regularmente cocaína e ecstasy e comprava maconha em seu escritório.
“O comitê determinou que há evidências substanciais de que Gaetz violou as regras da Câmara e outros padrões de conduta que proíbem prostituição, estupro, uso de drogas ilícitas, presentes inadmissíveis, favores ou privilégios especiais e obstrução (de investigações do Congresso)”, escreveram os investigadores do painel no texto.
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Gaetz, 42 anos, negou repetidamente a violação das regras, destacando a decisão do Departamento de Justiça de não apresentar acusações contra ele em 2023 após uma investigação criminal. Ele também disse que o relatório foi publicado apesar de ter pedido ao comitê para bloquear sua divulgação.
Investigadores do Congresso descobriram que o funcionário, membro do círculo íntimo de Trump, violou várias leis estaduais da Flórida (sudeste) sobre má conduta sexual, embora o tenham inocentado de violações federais de tráfico sexual.
O relatório listou os pagamentos feitos por Gaetz, totalizando mais de US$ 90.000, a 12 mulheres “provavelmente relacionadas à atividade sexual e/ou uso de drogas” entre 2017 e 2020.
Eles se concentraram em uma viagem às Bahamas em 2018, durante a qual Gaetz supostamente fez sexo com quatro mulheres e tomou ecstasy.
Gaetz é uma figura incendiária com poucos amigos no Capitólio - a sede do Congresso - e teve que renunciar à arena legislativa em novembro, quando o magnata republicano o nomeou procurador-geral para chefiar o Departamento de Justiça, mas foi forçado a se afastar antes que pudesse assumir o cargo.