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Congresso espanhol tira imunidade de ex-ministro de Sánchez, acusado de corrupção

A decisão foi tomada pelo Congresso dos Deputados, com 345 votos a favor

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol  - Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

Os deputados espanhóis aprovaram, nesta quarta-feira (22), a retirada da imunidade do legislador José Luis Ábalos, ex-ministro e ex-homem de confiança do presidente do Governo, Pedro Sánchez, abrindo o caminho para o Supremo Tribunal investigá-lo por suspeita de corrupção.

A decisão foi tomada pelo Congresso dos Deputados, com 345 votos a favor, o total dos presentes na sessão, e agora, o Supremo poderá agir judicialmente contra aquele que foi o influente ministro dos Transportes do Executivo entre 2018 e 2021.

Expulso do Partido Socialista no ano passado, quando o escândalo veio à tona, Ábalos segue exercendo o mandato de deputado, agora como independente.

Ao pedir ao Congresso que sua imunidade fosse retirada, o Supremo disse ter encontrado "indícios suficientes" de que Ábalos pudesse ter cometido crimes de integração em organização criminosa, tráfico de influência, pagamento de propinas e malversação, através de contratos fechados durante a pandemia de covid.

A justiça quer determinar se o ex-ministro participou da compra irregular de máscaras e material de saúde durante a pandemia, recebendo comissões ilegais do empresário Víctor de Aldama, juntamente com seu então assessor próximo, Koldo García.

Durante seu depoimento, em dezembro, perante o juiz que o investiga, Ábalos negou qualquer irregularidade e reiterou sua inocência.

Este escândalo é, no entanto, muito sensível politicamente para o presidente do Governo, Pedro Sánchez, que nos últimos meses viu a abertura de investigações contra vários membros de seu entorno.

Em outubro, o líder socialista negou que tivesse demitido Ábalos em julho de 2021 por suspeitas de corrupção, mas o fez no âmbito de uma reforma do Executivo para lhe dar um "impulso" após a pandemia.

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