RIO DE JANEIRO

Conheça maior dinossauro que viveu no Brasil: Museu Nacional pede doações para reconstruir esqueleto

Meta inicial da campanha de financiamento coletivo é R$ 105 mil

Réplica do esqueleto do dinossauro Maxakalisaurus topai tinha 13 metros de comprimento Réplica do esqueleto do dinossauro Maxakalisaurus topai tinha 13 metros de comprimento  - Foto: Museu Nacional/divulgação

O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, lançou uma campanha de financiamento coletivo para reconstruir o esqueleto do Maxakalisaurus topai, o maior dinossauro já encontrado no Brasil.

Até o momento, foram arrecadados R$ 5.135 de uma meta de R$ 105 mil, valor necessário para a pré-produção, produção e exposição do crânio do "Dinoprata" (como ele passou a ser chamado), como um sinal de renovação após o incêndio de setembro de 2018, que destruiu grande parte do acervo, incluindo a réplica do animal pré-histórico. Saiba como doar.

"Nos orgulhamos de ser a instituição científica do Brasil pioneira em exibir o primeiro dinossauro de grande porte montado no país, o Maxakalisaurus topai. Agora, queremos trazer esse gigante de volta às nossas futuras exposições, como símbolo da nossa dedicação à ciência, à educação e à ajuda da sociedade nesta histórica recomposição do acervo expositivo", diz o Museu Nacional na página do financiamento coletivo.

Maxakalisaurus topai
O Maxakalisaurus topai é a maior espécie de dinossauro que já habitou o território brasileiro, pertencente ao grupo dos titanossauros, conhecidos por serem herbívoros de grande porte, com longos pescoços e caudas.

Estima-se que o Maxakalisaurus topai atingisse cerca de 13 metros de comprimento e pesasse em torno de nove toneladas.

O fóssil deste dinossauro foi descoberto em 1998 na região de Serra da Boa Vista, no município de Prata, em Minas Gerais.

A espécie recebeu o nome em homenagem ao povo indígena da etnia Maxakali, que habita a região, e ao deus Tupã, da mitologia indígena.

Em agosto de 2006, o esqueleto reconstruído do Maxakalisaurus topai foi apresentado ao público em uma exposição no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A exposição marcou um importante momento para a paleontologia brasileira, pois permitiu que o público tivesse acesso a um dos mais importantes fósseis já encontrados no país, destacando a riqueza do patrimônio paleontológico do Brasil.

Depois das chamas

O incêndio de 2018 não só devastou o acervo do Museu Nacional como também marcou profundamente a memória coletiva brasileira. Desde então, a instituição tem trabalhado incansavelmente na reconstrução do Paço de São Cristóvão, enfrentando desafios financeiros e estruturais. Apesar dos esforços, a captação de recursos ainda está longe de ser suficiente para garantir a reabertura completa do Museu, prevista agora para 2028.

Além da meta inicial de R$ 105 mil, a campanha tem objetivos adicionais para garantir a reconstrução completa do esqueleto do dinossauro. Caso a terceira meta seja alcançada, garantindo a reconstrução integral do Maxakalisaurus, parceiros do Museu Nacional/UFRJ se comprometeram a investir os R$ 200 mil restantes para a pintura e montagem completa da réplica.

A situação financeira do Museu, no entanto, continua delicada. Com apenas 30% das obras de restauração concluídas e uma captação de recursos que totaliza apenas pouco mais da metade do valor previsto inicialmente, o futuro da instituição depende da mobilização social e de novas fontes de financiamento.

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