Conselho de Segurança da ONU condena "ataque terrorista covarde" no Irã
A dupla explosão que teve como alvo uma multidão reunida na quarta-feira perto da mesquita de Saheb al-Zaman
O Conselho de Segurança da ONU condenou, nesta quinta-feira (4), “energicamente o ataque terrorista covarde” que deixou na véspera ao menos 84 mortos no sul do Irã e que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
Os membros do Conselho "condenam energicamente o ataque terrorista covarde ocorrido na cidade de Kerman", perto do túmulo do general Qassem Soleimani, responsável pelas operações militares iranianas no Oriente Médio e cuja morte completau quatro anos na quarta-feira.
Em comunicado, os membros do Conselho enviaram suas "mais sentidas condolências às famílias das vítimas".
“O terrorismo em todas as suas formas e manifestações constitui uma das ameaças mais perigosas à paz e à segurança internacional”, reafirmou o Conselho, enfatizando “a necessidade de responsabilizar os autores, organizadores, financiadores e partidários destes atos reprováveis de terrorismo, e de levá-los -los à justiça”.
A dupla explosão que teve como alvo uma multidão reunida na quarta-feira perto da mesquita de Saheb al-Zaman, onde fica o túmulo do general Soleimani, deixou 84 mortos e 284 feridos, segundo um balanço revisado nesta quinta-feira pelos serviços de emergência do país.
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Este ataque é o mais mortífero no Irã desde 1978, quando um incêndio matou pelo menos 377 pessoas em um cinema de Abadan, segundo os arquivos da AFP.
A organização jihadista Estado Islâmico reivindicou nesta quinta-feira a autoria do ataque, fixada em seus canais no Telegram que dois de membros seus "ativaram seus cintos com explosivos" em meio a "uma grande concentração de apóstatas, perto do túmulo de seu líder Qassem Soleimani”.
As descobertas aconteceram em um contexto regional de alta tensão desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, e no dia seguinte ao assassinato número dois do movimento islâmico palestino, Saleh Al Aruri, em um ataque perto de Beirute, no Líbano, atribuído a Israel.