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Decisão

Conselho de Segurança da ONU prorroga embargo de armas no Sudão do Sul

Embargo de armas se mantém em vigor até 31 de maio de 2024

Conselho de segurança da ONUConselho de segurança da ONU - Foto: Timothy A. Clary/AFP

O Conselho de Segurança da ONU prorrogou nesta terça-feira (30), por um ano, o embargo de armas e as sanções individuais impostas desde 2018 ao Sudão do Sul, devastado pela violência e pela miséria.

Com isso, o embargo de armas se mantém em vigor até 31 de maio de 2024.

Redigida pelos Estados Unidos e adotada por dez votos a favor, com a abstenção de cinco países, a resolução expressa preocupação com “a contínua intensificação da violência, que prolonga a crise política, de segurança, econômica e humanitária em grandes partes do país”. O texto também pede às partes que "evitem cair em um conflito generalizado".

A resolução introduz, contudo, alguma flexibilidade, ao permitir que a transferência de material militar não letal destinado à implementação do acordo de paz de 2018, permitido há um ano, seja possível sem notificação prévia.

Cinco membros do Conselho de Segurança (China, Rússia, Gana, Gabão e Moçambique) se abstiveram. Os três países africanos consideraram as sanções contraproducentes e que não refletem os avanços feitos pelo Sudão do Sul.

"Permitam-me reiterar a objeção do meu país à resolução, adotada de má-fé e com más intenções", declarou o embaixador do Sudão do Sul na ONU, Akuei Bona Malwal.

"É contraproducente e tem um impacto humanitário negativo nas mesmas pessoas que os apoiadores (da resolução) dizem querer proteger", acrescentou, denunciando "a interferência flagrante nos assuntos internos" de seu país.

Em seu relatório de abril, o grupo de especialistas criado pelo Conselho de Segurança informou sobre a importação de veículos militares, a qual considerou como uma "violação do embargo".

Entre 2013 e 2018, este país de 12 milhões de habitantes esteve mergulhado em uma sangrenta guerra civil entre os partidários dos dois líderes inimigos, Salva Kiir e Riek Machar, que deixou 380.000 mortos.

Apesar de um acordo de paz assinado em 2018, a violência continua. Em abril, havia 2,3 milhões de deslocados internos no país, segundo dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).

abd/elm/db/ll/tt/aa

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