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Conflito

Conselho de Segurança discute acusação russa de 'bomba suja' na Ucrânia

Russia afirma que adversário planeja detonar a bomba suja e culpar Moscou pela ação

Membros do Conselho de Segurança da ONU Membros do Conselho de Segurança da ONU  - Foto: Michael M. Santiago / Getty Images North America/ Getty Images via AFP

A Rússia reiterou nesta terça-feira (25), diante do Conselho de Segurança da ONU, suas afirmações contra a Ucrânia, que acusou de planejar detonar uma "bomba suja" e culpar Moscou pela ação, enquanto diplomatas ocidentais assinalaram que Moscou não apresentou provas de sua acusação.

O Conselho de Segurança se reuniu a portas fechadas para discutir as alegações por iniciativa da Rússia, cujo embaixador na ONU, Vassily Nebenzia, enviou uma carta ao Conselho e ao secretário-geral da organização, António Guterres.

"Achamos um perigo muito sério", disse após a reunião o vice-embaixador da Rússia na ONU, Dimitri Polyanskiy. "A Ucrânia tem todos os motivos para fazê-lo, porque sabemos que o regime de Zelensky quer, em primeiro lugar, evitar qualquer derrota, e, em segundo lugar, envolver a Otan em um confronto direto com a Rússia", acrescentou o diplomata, referindo-se ao presidente ucraniano.

Essa estratégia é "muito perigosa, mas será lucrativa para o regime de Zelensky permanecer no poder. Uma bomba suja não é um artefato sofisticado. Na verdade, é um projétil com alguns detritos radioativos. E é muito difícil detectar atividades para criar essas bombas sujas", continuou Polyanskiy.

O embaixador britânico na ONU, James Kariuki, chamou a acusação russa de "aparentemente falsa". "Não vimos, nem ouvimos novas provas durante essa reunião privada. A Ucrânia foi clara, não tem nada a esconder", acrescentou.

O diplomata informou que inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estavam a caminho da Ucrânia, a convite de Kiev, para inspecionar suas instalações nucleares. Tratam-se de inspeções que a Rússia afirmou duvidar que pudessem mostrar o contrário. "Realmente duvido que seja possível ter certeza de que não há atividades desse tipo, mesmo após essa visita", comentou Polyanskiy.

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