Conselho de Segurança pede que Israel cumpra obrigações internacionais e respeite mandato de agência
Membros expressaram 'grave preocupação' com restrições impostas pelo Estado judeu
O Conselho de Segurança da ONU expressou nesta quarta-feira "grave preocupação" com a decisão israelense de restringir a atuação da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) e instou que o Estado judeu cumpra suas obrigações internacionais e respeite o mandado da agência, crucial para levar ajuda humanitária a Gaza.
Em um raro exercício de unanimidade, os 15 membros do conselho "exortaram o governo israelense a cumprir as suas obrigações internacionais, a respeitar os privilégios e imunidades da UNRWA e a cumprir a sua responsabilidade de permitir e facilitar a assistência humanitária completa, rápida e segura e sem entraves em todas as suas formas em toda a Faixa de Gaza."
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"Qualquer tentativa de desmantelamento ou redução das operações” e "qualquer interrupção ou suspensão deste trabalho teria graves consequências humanitárias para milhões de refugiados palestinos" e "implicações para a região", advertem.
Apesar da oposição dos EUA e da advertência do Conselho de Segurança da ONU, o Parlamento israelense aprovou na segunda-feira (29), com uma maioria esmagadora, a proibição "das atividades da UNRWA no território israelense", incluindo Jerusalém Oriental, um setor anexado por Israel.
Israel acusa a instituição de ter membros do movimento Hamas infiltrados.
A agência tem cerca de 18.000 funcionários entre a Cisjordânia ocupada e Gaza, dos quais 13.000 são professores e 1.500 são profissionais de saúde.
Os membros do Conselho pedem que todas as partes “permitam que a UNRWA cumpra seu mandato (...) em todas as áreas de operação”, respeitando os princípios de “humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência” e o direito internacional, “incluindo a proteção de instalações humanitárias e da ONU”.